O vereador e líder do governo Rogério Cruz (Republicanos) na Câmara, Anselmo Pereira (MDB) vê na empresária Ana Paula Rezende (MDB) os predicados do pai – Iris Rezende – para fazer política. Num primeiro momento, o decano avalia que Ana Paula está se ‘restabelecendo’ após os duros golpes de perder os progenitores num intervalo de dois anos um do outro.
Pereira e a bancada do MDB estiveram juntos com Ana Paula Rezende durante reunião na semana passada. No bate-papo, conversas sobre sua família e a trajetória de seus pais na política e na construção do partido. Pouco ou nada se falou sobre uma eventual candidatura. “Mas ela sabe que tem um acervo, história e um legado que precisa que seja exercitado”, ressalta Anselmo.
Questionado se Ana Paula estaria disposta a uma candidatura, Anselmo disse o que a empresária já havia indicado: a decisão será tomada levando em conta diversos contextos e a longo prazo. “Esse é um horizonte que pode ser clareado até o ano que vem. Não vejo impossibilidade disso, mas percebo disso nela um agente altamente político”, destaca.
Ele ainda destacou que Ana Paula não está disposta a entrar numa “aventura política”. “Ela está se resguardando para que seja uma posição séria, como sempre o pai fez. O pai sempre tomou decisões bem definidas, mas sempre amadureceu muito antes de tomá-la. Essa é a linhagem da própria família”, ponderou.
Outro que participou da reunião e que falou com o Diário de Goiás foi o vereador Henrique Alves. O parlamentar explicou que a empresária vê dificuldades em uma eventual candidatura e que qualquer decisão, não será tomada agora. “Claro, a Ana Paula deixou claro que é uma decisão difícil e que não está descartada nem vai ser tomada agora. Palavras dela: ela vai deixar nas mãos de Deus e vai receber políticos e pessoas vinculadas ao partido. Da nossa parte enquanto partido vamos apoiar ela independente da decisão que ela tomar”, pontuou.
Há quem brinque que Ana Paula Rezende aprendeu muito com Iris: até mesmo a negar candidaturas. Henrique Alves comenta com certa irreverência. “Ela foi muito Iris. Até os trejeitos e a forma como ela nos convidou: o cafézinho, o pão de queijo, foi um jeito muito parecido com aquele que o Iris tratava. Se teve alguém que aprendeu na escola Iris Rezende é a própria filha. Isso fica muito claro”, destaca.
Henrique Alves salienta que os vereadores entendem a decisão Ana Paula dificil que a empresária terá de tomar mas reforça que a própria compreende ter identificação com o partido e desejo de continuar participando das decisões da legenda.
“Ela disse inclusive da identificação dela com o MDB. Ela precisa muito do partido. Isso ajuda ela a superar tanto a morte do pai como da mãe. Eu acredito que até o final do ano ela vai tomar a decisão que for melhor para ela”, descreve.