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Categorias: Brasil
| Em 8 anos atrás

Andamento dos processos da Lava Jato não depende só do STF, diz Moraes

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Em evento com empresários nesta segunda-feira (17), o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes- defendeu a redução do foro privilegiado, mas afirmou que a celeridade dos processos da Lava Jato “não depende apenas do STF”.

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“A bola está com a Procuradoria agora”, afirmou Moraes, que participava de almoço do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), do prefeito João Doria (PSDB), em São Paulo.

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“Se falou muito que da primeira lista do Janot, de 2015, poucos foram condenados, mas tem que ver quantos foram denunciados”, disse. “Se não há denúncia oferecida, o STF não tem possibilidade de atuar”.

Segundo o ministro, o fim do foro privilegiado não resolveria o problema de prescrição de crimes no tribunal –em novembro, a reportagem mostrou que um terço das ações penais nos últimos dez anos contra congressistas foi arquivada por prescrição dos crimes.

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“Precisamos evoluir no procedimental, senão daqui um tempo estaremos ouvindo que foi para a primeira instância e está prescrevendo”, afirmou. No entanto, o ministro disse o Brasil é “excessivo no foro privilegiado” e que isso deve ser revisto.

Hoje são julgados no Supremo Tribunal Federal deputados federais, senadores, ministros e o presidente e vice-presidente.

Caixa 2

Moraes disse concordar com o colega de tribunal, ministro Gilmar Mendes, em relação à declaração de que “caixa dois pode não ser corrupção”.

Segundo ele, a fala de Gilmar Mendes foi no “sentido técnico”. “O caixa dois em si já configura o crime do artigo 350 do Código Eleitoral”, afirmou. “E é preciso verificar se houve uma exigência ou se houve um pedido [de contrapartida] para também caracterizar a corrupção.”

O ministro disse ainda que se o caixa dois pode não ser enquadrado no crime de corrupção, doações declaradas à Justiça também podem ter sido usadas para crimes. “Tem caixa um, que não é crime, e pode ser enquadrado nos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro”, afirmou. (Folhapress)

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