Um sequenciamento genético com 30 amostras aleatórias feitas pela Prefeitura de Goiânia em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) detectou presença da “variante de Manaus” – a cepa p.1 – em 28 dos resultados, o que representa 93% da amostragem. A informação foi apresentada pelo secretário de Saúde da capital, Durval Ferreira em entrevista coletiva nesta quarta-feira (17/03).
Segundo Ferreira, o resultado da amostragem pode indicar o motivo pelos quais as internações hospitalares tanto em leitos de enfermaria como em UTI vem se mostrado crescentes ao longo da última semana. O boletim da Prefeitura de Goiânia mostra a disponibilização de 1 leito de UTI. A taxa de ocupação hoje (17) está em 99,62%.
“Nesse sentido, no início do mês de março solicitamos o sequenciamento genético de 30 amostras aleatórias que representam a capital e essa parceria foi realizada junto com laboratório da Universidade Federal das Clínicas e recebemos agora os resultados em que a cepa prevalente neste momento é a cepa p1. Dessas 30 amostras, 93% ou seja 28 das amostras são da cepa p1. Isso vem confirmar a situação que nós observamos por essa taxa súbita de necessidade de internação”, explicou.
Durval citou que Goiânia só não chegou ao ponto do colapso em Manaus porque agiu rápido na abertura de novos leitos de enfermaria e UTI, mesmo assim, os dados apresentados são “preocupantes”. “Encontramos uma grande dificuldade que vem sendo passada pelos prestadores da dificuldade de acesso à medicações, constituições de equipes por médicos, enfermeiros. Ou seja, pessoas para trabalhar nesses leitos. É um cenário de muita gravidade. Nós chamamos à população a entender da sua responsabilidade porque o que nós podemos fazer enquanto secretaria municipal de Saúde que é a vigilância epidemiológica, testagem ampliada, realização de mais de 10 mil testes”, pontuou.