Um relatório divulgado por administradores judiciais na última sexta-feira (30), mostra que a Americanas teve uma queda de quase 10% na sua base de clientes ativos entre os meses de dezembro de 2022 e maio de 2023. No período apurado, a empresa recuou de 49,1 milhões para 44,2 milhões de clientes. As informações são da Folha de S. Paulo.
De acordo com o documento, publicado pela Preserva-Ação Administração Judicial com o Escritório de Advocacia Zveiter, de dezembro de 2022 até 18 de junho deste ano, a varejista fechou 43 lojas, cerca de 2,3% do total, e agora conta com 1.837 unidades. Além disso, o número de funcionários foi reduzido de 40.426 em março para 36.971 em junho, o que representa uma queda de cerca de 8,5% no quadro de colaboradores.
No fim de maio, a Americanas tinha disponível em seu caixa R$ 1,178 bilhão, valor 48,4% inferior ao montante do qual a companhia dispunha até dezembro do ano passado, de R$ 2,283 bilhões. Segundo o relatório, o total investido pela empresa em suas operações até maio deste ano foi de aproximadamente R$ 4,7 milhões, 95% menor do que a média de investimentos realizados entre junho de dezembro do ano passado.
Em relação ao pagamento de fornecedores, o prazo médio era de 97 dias em junho de 2022. Em dezembro, alcançou 122 dias. Mas em maio de 2023 caiu para quatro dias.
Acumulando cerca de R$ 43 bilhões em dívidas com 16,3 mil credores, a Americanas entrou em recuperação judicial no dia 19 de janeiro, após Sergio Rial, ex-presidente da empresa, enviar comunicado ao mercado informando “inconsistências contábeis” em valores de R$ 20 bilhões. Com a descoberta do rombo, ele renunciou ao cargo.
Em fato relevante divulgado no dia 3 de abril, a empresa afirmou que a mais recente proposta apresentada aos credores financeiros indica um aumento de capital de curto prazo, em dinheiro, no valor de R$ 10 bilhões, acompanhado de dois aumentos de capital adicionais de até R$ 1 bilhão cada um, em datas futuras a serem acordadas.