Michael Ryan, diretor-executivo do Programa de Emergências da OMS. (Foto: Christopher Black/OMS)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira (22) que a América do Sul é o novo epicentro da pandemia de Covid-19. A afirmação foi do diretor de programa de emergências, Michael Ryan, que citou o aumento rápido de casos e óbitos no continente. Ele ainda ressaltou que o Brasil vive situação mais crítica na região.
“De certa forma, a América do Sul se tornou um novo epicentro para a doença, vimos muitos países sul-americanos com aumento do número de casos, e claramente há preocupação em muitos desses países, mas certamente o mais afetado é o Brasil neste momento”, afirmou.
Segundo Ryan, a Opas, braço da OMS nas Américas, tem dado ajuda direta ao governo brasileiro e, principalmente, aos estados mais afetados do país.
“A maioria dos casos é da região de São Paulo, mas também Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas, Pernambuco estão sendo afetados”, disse Ryan. “Mas em termos de taxas de ataque, as mais altas estão, na verdade, no Amazonas: cerca de 490 pessoas infectadas para cada 100 mil habitantes, que é uma taxa de ataque bem alta”, comentou.
Com mais de 310 mil casos e mais de 20 mil mortes, o Brasil lidera as estatísticas da Covid-19 na América do Sul. Em seguida, aparece o Peru, com 108 mil casos e mais de 3 mil mortes. O Chile, com 61 mil casos, e o Equador, com 36 mil infectados, também preocupam. Em contrapartida, países como Uruguai, Paraguai e Argentina têm conseguido controlar a proliferação do vírus.
O primeiro epicentro da Covid-19 foi Wuhan, em Hubei, na China. Depois, a Europa passou a ter as maiores taxas de contaminação. O último epicentro, antes da América do Sul, foi os Estados Unidos.