Estudantes do Ensino Superior e da Educação Profissional e Tecnológica de baixa renda vão ter acesso a um pacote de dados fornecido pelo Ministério da Educação (MEC), por meio de chips, para acompanhar as aulas durante o período de suspensão das atividades presenciais.
O anúncio foi feito pelo ministro Milton Ribeiro, em coletiva nesta segunda-feira (17). As empresas Algar, Claro e Oi prestarão o serviço sob coordenação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). “Houve um delay. Foi um pouco tarde para tomarmos essa iniciativa, mas todo o trâmite público segue em um ritmo mais lento, daí uma certa demora para entregar esse pacote de dados”, afirmou o ministro.
Serão disponibilizados chips que darão acesso à rede a 400 mil estudantes, conforme o MEC. Segundo o ministério, cerca de 90% dos alunos matriculados nas instituições federais têm equipamento e suporte para internet. O pacote de dados fornecido pelos chips serão gerenciados pela próprias instituições de ensino.
Inicialmente, alunos de renda per capita de meio salário mínimo têm prioridade em receber os chips em todos os municípios onde há instituição federal. “Em um primeiro momento, os estudantes em vulnerabilidade serão atendidos, depois vamos avaliar caso a caso como aqueles que moram em áreas sem cobertura de uma operadora”, explicou Nelson Simões, diretor-geral da RNP.
Os pacotes de dados são de chips pré-pagos e terão 30 dias de validade, ofertando de 5 GB a 40 GB por mês. No início, 110 instituições federais terão a oferta.
Segundo o MEC, a oferta de banda larga já prevê a tendência de um sistema híbrido de ensino, variando entre atividades presenciais e remotas.