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Alunos da UFG reclamam de superlotação e longa espera de ônibus do transporte coletivo

Por 2 anos atrás

Alunos que frequentam o Campus II da Universidade Federal de Goiás (UFG) têm convivido diariamente com ônibus superlotados e a espera tem sido rotineira. As linhas campeãs do descontentamento dos estudantes são a 105, que faz a rota do Campus até o Terminal Praça A, a 263, que vai até o Terminal Praça da Bíblia e a 933 que chega até o Terminal Padre Pelágio e também passa pelo Terminal Recanto do Bosque.

Reportagem do Diário de Goiás esteve no local nesta sexta-feira (03/05) e os alunos se queixam que nos horário de pico, entre as 6:30 e 8:00 da manhã, os ônibus já saem dos terminais lotados e relatam dificuldade para conseguir entrar nos veículos, mesmo saindo de casa mais cedo. 

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A estudante de Biblioteconomia, Sara, afirma que este é o principal problema com o ônibus que sai do Terminal Praça da Bíblia. “No terminal, é impossível pegar o primeiro que passa, porque está muito lotado, às vezes as outras pessoas não conseguem ir para o ponto delas, porque o ponto do 263 está atrapalhando”.

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As reclamações se estendem também nas dificuldades para  ir embora do Câmpus, por conta da aglomeração de estudantes que saem todos no mesmo horário das aulas e pegam os mesmos ônibus. 

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De acordo com os estudantes, a quantidade de ônibus na frota no horário de pico não consegue suprir a demanda, o que resulta em superlotação.  “Na hora de ir embora ele é bem lotado. Eu já perdi ele duas vezes, que o motorista nem quis parar, porque estava cheio”, pontua Camila, aluna do curso de Biblioteconomia.

Dados do aplicativo da RMTC mostram tempo estimado de espera de ônibus de até 81 minutos. Foto: Aplicativo SimRMTC

Atrasos 

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Os universitários também lamentam a grande demora dos ônibus, com horários pouco viáveis para atender às necessidades dos estudantes, fazendo com que se atrasem para as aulas ou que fiquem muito tempo aguardando no ponto. “Tem dia que ele demora uns 53 minutos, ele é demorado, ele é cheio, é muita gente e o povo sai atropelando você. Para vir aqui eu acho que tem a dificuldade porque a gente chega no horário limite, praticamente”, afirma Natália, estudante de Biblioteconomia que pega a linha 268, que vai do Câmpus II ao Centro. 

As reclamações se expandem também em relação a quantidade de ônibus na rota e põem em dúvida se realmente voltaram a atender com frota normal, nos mesmos horários anteriores à pandemia. Para a aluna de Relações Públicas, Aline, os ônibus da linha 933, que passam por dois terminais da capital, não atendem como antes, fazendo com que os alunos cheguem atrasados ou que sejam obrigados a sair de casa muito mais cedo do que o habitual e fazer hora na universidade, até as aulas começarem.

“Antes, em 2020, ele passava 7:15, então eu chegava aqui em um tempo bom para as aulas das 8:00. Agora ele está passando 7:40, então eu estou chegando aqui ás 8:20”, explica. 

Com os horários reduzidos, o tempo de espera aumenta, impactando a rotina dos estudantes e provocando insatisfações. “Na hora do almoço também eu acho que ele demora muito, porque passa quase que de uma hora, setenta minutos, e depois não tem outro também. Poderia vir mais ônibus e mais cedo um pouco”, acrescenta Aline.

A reportagem do Diário de Goiás entrou em contato com a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) que, em nota, informou: “A CMTC informa que as linhas que atendem o PC Campus estão sendo acompanhadas, principalmente as demandas, para caso seja necessário, acrescentar viagens”. 

Serviços

Linhas que atendem o Câmpus II-UFG

268 – Câmpus II/ Centro – Via Criméia Leste

302 – Câmpus II/ Marista

263 – Câmpus II/ Terminal Pça. da Bíblia

105 – Câmpus II/ Terminal Pça. “A” – Via Bernardo Sayão

174 – Câmpus II/ Terminal Pça. “A”/  Progresso / Sevene

933 – Câmpus II/ Terminal Rec. do Bosque/ Terminal Pe. Pelágio

914 – Câmpus II/ Pça. Universitária

Luana Cardoso é estagiária pelo convênio do Diário de Goiás com a UFG (Universidade Federal de Goiás) sob supervisão de Domingos Ketelbey

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.