O novo Calendário Nacional de Vacinação para 2016, com alterações em doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite e o número de doses da vacina de HPV (Papiloma Vírus Humano), que não será mais necessário a terceira dose, já está valendo.

Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação.

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HPV e pneumocócica

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De acordo com o Ministério da Saúde, entre as principais mudanças está a da vacina contra o HPV. A menina deve receber a segunda dose seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a aplicação da terceira dose. Estudos apontam que administrada desta forma, a vacina apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV de 9 a 26 anos devem continuar recebendo três doses da imunização.

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Já a vacina pneumocócica 10 valente contra pneumonia, para bebês, passa a ser aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas podendo ser tomado até os 4 anos.

Poliomielite

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A terceira dose da vacina contra poliomielite, administrada aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. Segundo o Ministério da Saúde, a mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, tendo em vista a proximidade da erradicação mundial da doença. No Brasil, o último caso foi em 1989.

A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois, quatro e seis meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.

Também haverá mudança da vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra meningite causada pelo meningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

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