Aliados do candidato à reeleição para a presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), oficializaram nesta quarta-feira (1º) a formação de um bloco de 13 partidos para disputar cargos na Mesa Diretora da Casa.
No total, o grupo é formado por 358 deputados, o que garante aos partidos que o compõem todos os seis cargos de chefia administrativa da Câmara.
Fazem parte do bloco PMDB, PSDB, PP, PR, PSD, PSB, DEM, PRB, PTN, PPS, PHS, PV e PT do B.
O PMDB deve ficar com a vice-presidência, cargo importante, uma vez que o presidente da Câmara atua como vice-presidente da República e assume quando Michel Temer (PMDB) está em viagem. Já a segunda vice-presidência deve ficar com um tucano.
Além do bloco dos aliados de Maia, formaram-se dois outros blocos na Casa, um deles em torno do candidato da oposição André Figueiredo (PDT-CE), que se uniu com o PT e o PC do B, com 91 deputados.
O grupo, no entanto, deve conseguir apenas a primeira suplência da Mesa, devido à regra de proporcionalidade. O PT afirmou na terça-feira (31), que estuda judicializar a questão.
Apesar da entrada no bloco de oposição, o PC do B afirma que deve apoiar o candidato governista Rodrigo Maia na eleição da presidência.
O terceiro bloco formado é o de Jovair Arantes (PTB-GO), que engloba PTB, Solidariedade, Pros e PSL, totalizando 41 deputados. Eles também ficam fora da mesa, com apenas uma suplência.
Já o PSOL decidiu lançar a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (SP) como candidata própria à presidência da Casa.
DISPUTA INTERNA
A primeira vice-presidência é o principal alvo de disputa na Mesa Diretora. Isso porque, como o presidente da República, Michel Temer, não tem um vice, toda vez que se ausentar do país, é o presidente da Câmara quem assume o Palácio do Planalto. Consequentemente, o primeiro vice assume a Casa Legislativa.
Pelos acordos políticos, a primeira vice-presidência cabe ao PMDB. Lúcio Vieira Lima (BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, e José Priante (PA), primo do senador Jader Barbalho, disputam a indicação do partido.
Temer havia pedido aos correligionários que chegassem a um consenso, o que não deve ser cumprido. Ao menos dois peemedebistas pretendem lançar candidatura avulsa —Fábio Ramalho (MG) e Osmar Serraglio (PR).
No início da tarde, o oposicionista Sílvio Costa (PT do B-PE) registrou candidatura avulsa. Como seu partido integra o bloco de apoio a Maia, ele tem direito a disputar a vaga.
Já o PSDB deve ficar com a segunda vice-presidência da Casa.
(FOLHAPRESS)