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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Aliado de Temer vai à Justiça contra ex-procurador citado por presidente

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Um dos maiores defensores do presidente Michel Temer, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) pediu à Justiça para que a PGR (Procuradoria-Geral da República) forneça os registros de visitas do ex-procurador Marcello Miller na sede do órgão, em Brasília.

O ex-procurador é pivô de uma polêmica envolvendo as investigações sobre o presidente.

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Após 13 anos de trabalho no Ministério Público Federal, Miller anunciou sua saída da instituição no último dia 4 de março, três dias antes de o empresário Joesley Batista, da JBS, gravar Temer no Palácio do Jaburu. A saída de Miller da PGR foi publicada no “Diário Oficial” em abril.

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Joesley tem dito que fez as gravações por conta própria, sem orientação de nenhuma autoridade.

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No pedido de liminar, o aliado de Temer afirma que a Miller teve participação no acordo de colaboração premiada firmado entre executivos da JBS e a PGR, o que, segundo ele, fere a Constituição.

O parlamentar argumenta que o modus operandi dos executivos, com a utilização de escutas clandestinas, foi idêntico em outras duas situações em que o ex-procurador participou: de Delcídio Amaral e Nestor Cerveró.

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Na ação na Justiça, Perondi solicitou também os acessos ao prédio dos delatores da JBS durante os meses de março, abril e maio de 2017. O acordo de colaboração premiada foi firmado em abril e homologado pelo ministro Edson Fachin em maio.

A defesa de Temer diz suspeitar que desde março os delatores já falavam com procuradores.

O deputado aliado do presidente pediu ainda em sua ação a anulação dos acordos firmados pela PGR com os executivos.

No documento levado à Justiça, o vice-líder do governo na Câmara apontou problemas no processo de acerto da colaboração: relação ilegal e imoral dos procuradores com delatores, ilegalidade na formulação do acordo por haver apenas um único advogado-delator e benevolência nas punições -todos os sete funcionários ganharam imunidade.

Figuram como réus na ação os procuradores Sérgio Bruno, Eduardo Pelella, Fernando Antonio de Alencar Júnior, Ronaldo de Queiroz e Daniel Salgado, responsáveis pela formalização da colaboração.

“Ao se deparar com os termos firmados no acordo, o Brasil como um todo entrou em choque”, consta no processo. “Os executivos delatores demonstraram a todo o Brasil que o crime, para eles, compensou”.

A ação foi protocolada na noite desta segunda (26), na Justiça Federal de Brasília.

 

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