Integrantes da CNB (Construindo um Novo Brasil) -maior força interna do PT- lançarão, nesta semana, uma campanha a favor do ex-ministro Alexandre Padilha para a presidência do partido.
A intenção é ter Padilha preparado para a hipótese de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistir de se candidatar à presidência da legenda. No início deste mês, Lula autorizou dirigentes petistas a alinhavarem sua candidatura.
Mas deixou claro sua contrariedade. Ainda segundo petistas, o próprio Lula concordou com a ideia de “testar” o nome de Padilha na CNB, corrente que o ex-presidente integra.
Defensor do nome de Padilha como alternativa a Lula, o presidente do PT do Rio, Washington Quaquá, distribuiu a petistas um artigo em apoio ao ex-ministro. No texto, ele aponta a trajetória de Padilha, nascida na Juventude Petista, como um ponto a favor de sua candidatura.
Defendido pela chamada esquerda petista, o senador Lindbergh Farias (RJ) foi do PCdoB e do PSTU. Ao citar as qualidades de Padilha, Quaquá afirma que ele “nasceu quase no PT”.
Sobre Lindbergh, Quaquá diz que o senador tem “uma trajetória muito individualista e pouco compromissada com a organização coletiva do partido”.
Também adepto à candidatura de Padilha, o ex-secretário Chico Macena afirma que Padilha tem identidade com o PT. “Ele entusiasma a militância e atrai a juventude petista”.
Segundo os dois, Padilha concordou que seu nome fosse levado ao partido, desde que seja lançado pela CNB e que Lula não concorra. “Meu candidato é o Lula”, afirmou Padilha.
A articulação nasceu da necessidade de evitar que a candidatura de Lindbergh, hoje em plena campanha, avance sem que a CNB ofereça uma alternativa. A corrente de Lula chegou a cogitar a candidatura do tesoureiro do PT, Márcio Macedo, mas a ideia não vingou ante à constatação de que o nome de Padilha tem mais consistência. (Folhapress)