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Alerj aprova privatização da Cedae, contrapartida de socorro ao Rio

Por 41 votos a 28, os deputados estaduais do Rio aprovaram nesta segunda (20) projeto de lei que permite a privatização da Cedae) (Companhia Estadual de Água e Esgoto).

O projeto é uma contrapartida do governo estadual ao pacote de socorro financeiro negociado com a União e enfrentou forte resistência de servidores e da oposição.

Com a aprovação, o governo Luiz Fernando Pezão espera entregar ações da empresa para tomar um empréstimo de R$ 3,5 bilhões com bancos públicos.

Na semana passada, a mobilização de familiares de policiais militares do Rio influenciou o adiamento da votação do projeto de lei.

Em 9 de janeiro, a sessão que deliberou sobre o plano de privatização foi alvo de um protesto, onde houve conflito entre a polícia e manifestantes.

Nesta segunda-feira, a base do governo na assembleia legislativa atuou para rejeitar, em comissões da casa, todas as 211 emendas apresentadas ao projeto.

Do lado de fora da Alerj, um protesto de servidores públicos reúne menos pessoas que em outras oportunidades. Os manifestantes se reúnem em torno de um carro de som e ouvem ao vivo o desenrolar da votação parlamentar.

Desde novembro, servidores públicos que estão com salários atrasados se manifestam semanalmente no local. No início do movimento, diversas classes se uniram contra o ajuste e o atraso dos salários. Bombeiros, policiais civis e militares, agentes penitenciários, servidores da educação, saúde, cultura e Justiça formaram um movimento unificado.

Menos manifestantes

Nesta segunda, contudo, parte das categorias não compareceram. A maior parte dos manifestantes é de servidores da Cedae, empresa controlada pelo Estado que têm cerca de 5,5 mil funcionários.

A notícia da venda chegou ao protesto de maneira truncada. Num primeiro momento, os servidores da coordenação do ato não entenderam que a venda foi aprovada pela maioria do parlamento.

“Acabaram de votar o projeto. O que temos de discutir agora é como vamos parar esse Rio de Janeiro”, disse uma dirigente do carro de som.

“Fecha o guandu”, gritou a dirigente, acompanhada pelos manifestantes. O Guandu é a principal estação de tratamento do Estado. “A gente tem uma tarefa, que é radicalizar o movimento.”

Os manifestantes aplaudiram falas de deputados contra a venda, como a do Marcelo Freixo (PSOL) e Flávio Bolsonaro (PSC). Agora, estão se articulando para sair em marcha pelas ruas do centro do Rio.

Nas próximas sessões, serão discutidos destaques ao texto apresentado pelo governo, antes que o projeto seja enviado para sanção de Pezão. (Folhapress)

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Thais Dutra

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