Em torno a polêmica e a repercussão internacional sobre o avanço no desmatamento da Amazônia, a ministra alemã do Meio Ambiente anunciou que, diante deste cenário, o país irá congelar R$ 155 milhões de reais em projetos de proteção florestal na região amazônica. O montante não está incluído à parcela da Alemanha no Fundo Amazônia. O anúncio foi feito ao jornal Tagesspiegel e repercutido pela Veja.

O Ministério do Meio Ambiente alemão financiava projetos para proteção da floresta e da biodiversidade. “A política do governo brasileiro na região amazônica deixa dúvidas se ainda se persegue uma redução consequente das taxas de desmatamento”, declarou a ministra ao jornal alemão, apontando que “somente quando houver clareza, a cooperação de projetos poderá continuar.” afirmou ao jornal.

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A polêmica em torno do desmatamento exagerado na Amazônia é longo mas se acentuou no mês passado. No dia 19 de julho, em entrevista a correspondentes internacionais, o presidente Jair Bolsonaro disse que a divulgação de informações sobre desmatamento feita pelo Inpe prejudica o país em negociações comerciais realizadas pelo governo brasileiro com outros países.

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Entenda a polêmica
O presidente disse que os dados de desmatamento atribuídos ao seu governo não eram verdadeiros. Após isso, o diretor do instituto, Ricardo Galvão foi à imprensa e criticou a fala do presidente afirmando que este fez “acusações indevidas a pessoas do mais alto nível da ciência brasileira”.

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Após a publicação, Bolsonaro e Ricardo Salles, o ministro do meio ambiente voltaram atrás. Por exemplo, em uma live na última quinta-feira (08/08) disseram que os dados podiam ser verdadeiros mas estavam sendo “mal interpretados”.

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No começo do mês passado, julho, o Inpe informou que o desmatamento na Amazônia atingiu 920,4 quilômetros quadrados em junho, um aumento de 88% em comparação com o mesmo período do ano passado.

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Bate-boca na Globo
A polêmica pelo visto está longe de acabar. Jair Bolsonaro continua criticando os dados de desmatamento publicados pelo Inpe e o ex-diretor do Instituto, Ricardo Galvão esteve ontem em um programa de debates na Globo News que o colocou frente a frente com Ricardo Salles: “nós [do Inpe] usamos as publicações científicas, não a balela que vocês usam, coisa de Twitter”. Os animos do programa ficaram um pouco exaltados. A apresentadora teve de intervir com um outro convidado para apaziguar as emoções e chamou os comerciais.

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