O deputado Zé Carapô, do Democracia Cristã bem que tentou conceder o título de cidadã goiana à ministra da Mulher, Família e dos ireitos Humanos, Damares Alves mas acabou fracassando. Por 13 votos a 7 o projeto foi rejeitado pelos parlamentares nesta terça-feira (20/10) e na sequência arquivado.
As justificativas do parlamentar era a biografia da ministra. “Por onde passou desenvolveu projetos e campanhas que foram substancialmente significativos para crianças e mulheres. Suas ações sociais começaram ainda na adolescência, com apenas 13 anos, Damares realizou ações de combate à fome e à sede de crianças no sertão da Bahia. Em meados da década de 80, foi uma das fundadoras do Comitê Estadual do Movimento Nacional Meninas e Meninos, em Sergipe, que tem como principal objetivo social a proteção de crianças em situação de rua”, pontuou o deputado.
Mas havia um problema: a ministra não tinha na visão de alguns deputados, histórico com Goiás. “O que ela fez pelo nosso estado para merecer o Título de Cidadania?”, questionou o deputado Henrique Arantes (MDB) reforçando o respeito e reconhecimento que tinha pelo histórico de Damares.
Quem também questionou a indicação do título foi Humberto Aidar (MDB) que chamou os colegas à reflexão ao defender que a ministra do governo Bolsonaro reiterando que ela não demonstrava merecimento pela honraria. “Oferecer a maior honraria do Parlamento para quem não fez absolutamente nada ao estado é um desrespeito”, argumentou.
O deputado Amauri Ribeiro, do Patriotas, seguiu a mesma linha dos emedebistas e de Aidar e chegou a mencionar na banalização dos títulos concedidos pelos parlamentares. “Não quero desmerecer o deputado que propôs o título, mas temos que repensar para quem oferecemos essa honraria. Essa pessoa contribui ou contribuiu para o desenvolvimento do nosso estado? Qual o legado ela nos deixou? São questionamentos que devem ser feitos antes de propor a concessão de Título de Cidadania Goiana. Assim, não banalizaremos uma horaria tão importante concedida por essa Casa Legislativa”, concluiu.