O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) reafirmou nesta terça-feira (19), em entrevista à Rádio Jovem Pan, que seu candidato ao governo de São Paulo é o ex-prefeito João Doria. “Meu candidato é o João Doria, que é do PSDB e do meu partido”, afirmou.
O tucano foi questionado se o duplo palanque com Márcio França (PSB) em São Paulo o prejudicava na disputa nacional, uma vez que no estado em que governou por quatro vezes, Alckmin aparecia empatado com Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede), segundo pesquisa Datafolha de abril.
O ex-governador disse que tentou unir Doria e França, porém sem sucesso. “Eu tentei que a nossa base tivesse um só candidato. Procurei o Márcio França: você topa não ser candidato? Olha, Geraldo, essa é a oportunidade que vou ter. Sou vice, se você sai, eu assumo. Só posso disputar o governo, não posso disputar outro cargo”, contou, dizendo que a posição do vice foi legítima.
O tucano também falou da conversa que teve com Doria. “João, você tem um ano de mandato, por que você não fica na Prefeitura? Não, eu vou sair”, contou.
Após relatar as conversas, Alckmin foi novamente questionado pelo tom usado para descrever os dois pré-candidatos ao governo, que seria mais favorável ao candidato do PSB. O tucano, então, reafirmou o apoio a Doria e disse que não tinha como obrigar nem ele e nem França de desistir da candidatura, destacando os feitos do substituto.
“O meu candidato é o João Doria, mas não vou brigar com o Márcio França, que está me sucedendo, está indo bem, está dando continuidade”, afirmou.
Alckmin atribuiu o mau desempenho nas pesquisas ao quadro multipartidário e voltou a ponderar que a campanha eleitoral ainda não havia começado. Segundo ele, esse é um momento de provação para os pré-candidatos e só quem suportar a “coroa de espinhos” teria a “coroa de ouro”. (Folhapress)
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