O pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) chamou de absurda a acusação feita pela CCR de recebimento de R$ 5 milhões no caixa dois por sua campanha em 2010.
“Isso é tão absurdo, tão absurdo. Não tenho nem conhecimento”, afirmou nesta segunda-feira (21), após palestra no Ibmec, em São Paulo.
“Pode haver alguém tão íntegro quanto eu, mas mais não tem”, disse o tucano, em declaração que lembra a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2016, quando disse que “não há viva alma mais honesta” que ele, hoje preso.
“É só ver a minha vida. Pode ver de A a Z”, afirmou Alckmin.
Em relação à citação de seu cunhado Adhemar Cesar Ribeiro, acusado de ter intermediado supostos repasses ilícitos, o tucano disse desconhecer a delação.
“Precisa verificar o que é isso. Vamos aguardar”, afirmou Alckmin. Questionado sobre se via uma perseguição nas acusações, ele disse que espera que não haja.
Adhemar Cesar Ribeiro também é citado como operador de caixa dois pela Odebrecht. Segundo Alckmin, ele “nunca participou como tesoureiro de campanha, nunca participou em absolutamente nada disso”.
Ribeiro “não tem nenhum papel, a não ser o de ser amigo e procurar participar”, disse o presidenciável.
A equipe de Alckmin defende que ele adote posicionamento mais enfático em relação à Lava Jato e acusações que pesam contra ele por caixa dois. Mas o tucano manteve a postura de responder breve e sucintamente apenas aquilo que lhe é perguntado.
Quanto à volta da especulação em torno de sua substituição na corrida presidencial por João Doria, Alckmin a atribuiu à imprensa, embora a hipótese seja incensada inclusive dentro do PSDB.
“A imprensa gosta de novidades. Criaram o Luciano Huck, depois criaram o Joaquim Barbosa, agora criam o João Doria e vão desinformando a população. E nós vamos fazendo campanha”, disse.
Ele minimizou o desejo de tucanos de trocar o presidenciável do PSDB. “Eu fui eleito presidente do partido com 99,8% dos votos”, encerrou.
Ele tem viagens marcadas para Mato Grosso do Sul, Rio, Brasília, Bahia e Rondônia nas próximas duas semanas. (Folhapress)
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