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Categorias: Brasil
| Em 6 anos atrás

Alckmin defende metas de qualidade para financiamento da educação

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O candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) disse que o governo federal deve reservar recursos para dar estímulos aos estados e municípios que atingirem metas pré-estabelecidas de qualidade na educação, tendo o ensino básico como prioritário.

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“Sou fã da questão de resultados”, afirmou, em contraponto à cultura cartorial do poder público brasileiro. Os bônus poderiam vir do Fundeb (fundo para educação básica) ou de outras fontes orçamentárias, disse Alckmin.

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As declarações foram dadas pelo tucano em evento da Folha de S.Paulo em parceria com o Todos pela Educação, nesta quarta-feira (15), em São Paulo. Ele foi sabatinado por Ricardo Balthazar, da Folha, Priscila Cruz e Olavo Nogueira Filho, do Todos pela Educação.

Como o Fundeb expira em 2020, a distribuição dos seus  R$ 140 bilhões terá de ser renegociada em 2019 pela União, estados e municípios. Alckmin não não detalhou quais critérios viria a adotar, se eleito,
mas sinalizou que pode usar critérios de atendimento e qualidade.

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Sua fala foi a mais incisiva entre os candidatos já sabatinados em relação a uma mudança na distribuição do Fundeb. Hoje basicamente se obedece o piso de financiamento por aluno.

O tucano não especificou se tiraria recurso do ensino superior para alocar no básico, dada a prioridade que prometeu dar a este, especialmente em relação à educação infantil.

O candidato voltou a prometer zerar o déficit de 500 mil vagas para alunos de quatro e cinco anos no ensino infantil e colocar 50% das crianças de 0 a 3 anos em creches.

Em novo recuo em relação à cobrança pelo ensino superior, o tucano disse em entrevista após o evento que isentaria professores de mensalidade em cursos de pós-graduação. 

“Mestrado, doutorado, o caso dos professores, não tem cobrança. Agora, especialização, sim, você pode cobrar.”

Na Globonews, há 15 dias, Alckmin defendeu cobrar pela pós-graduação. Na sexta-feira (10) passada, disse que se referia apenas ao lato sensu. Mestrados e doutorados permaneceriam gratuitos em universidades públicas.

Alckmin vinculou o financiamento de políticas educacionais públicas ao desempenho econômico do país. Disse que a gestão do ensino pode dar um salto se o Brasil retomar o crescimento e organizar a questão fiscal.

Aliado a possível crescimento do PIB, o tucano mencionou a evolução demográfica, que diminuirá o número de alunos que entram na rede, aumentando o investimento por estudante.

Questionado sobre a máfia da merenda no governo de SP, Alckmin disse que o estado “tem uma das melhores merendas do Brasil”.

“São Paulo cumpriu a lei, licitou e contratou pelo menor preço. Acontece que a cooperativa de estelionatários fraudava seus cooperados e vendia produto de grandes atacadistas”, disse.

Ele então comparou o gasto anual do governo federal por aluno com merenda, R$ 90, e com o Ciência sem Fronteiras, R$ 105 mil.

“O Brasil é o país da regra. Regra para tudo. Isso desvirtua as boas intenções.” (Folhapress) 

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