O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu a saída do PSDB do governo em até 50 dias, prevendo que a Câmara não afastará Michel Temer (PMDB) da Presidência na votação desta quarta (2).
“Nós defendemos completar as reformas. Daqui 45 dias, 50 dias, se não fizer a reforma política, não vai fazer mais. A da Previdência, se não votar logo, vai ficar difícil”, afirmou, em Campinas (SP). “Então, encerrado esse período, se depender de mim, nós não teremos cargos no governo.”
Alckmin também se disse favorável a uma alteração na legislação de modo que denúncias contra o presidente da República não precisem ser autorizadas pela Câmara nem impliquem afastamento do cargo.
“Se o procurador-geral entende que há uma denúncia, encaminha ao Judiciário, que aceita ou não. Para prefeito ou governador, ninguém precisa pedir autorização”, argumentou.
Sobre o afastamento de seis meses do presidente em caso de aceitação de denúncia, ele disse: “Imagine que você afastou e depois chega à conclusão que a denúncia é inepta. Como você repara isso? Isso é do tempo que se dizia que o presidente podia interferir no Judiciário. Hoje não existem mais essas coisas.” (Folhapress)
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