O candidato a presidente e ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) responsabilizou a mudança de metodologia do MEC (Ministério da Educação) pela perda de liderança de São Paulo no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação) durante a sua gestão.
“A portaria do MEC dizia que o ensino médio das escolas técnicas talvez era para valer [para o índice]. Depois o Inep (instituto que aplica a avaliação) tirou”, constatou nesta terça-feira (4), em visita ao hospital Santa Marcelina, em Itaquera, na zona leste da capital paulista.
“Quem faz o ensino médio na Paula Souza, faz vestibulinho, são os melhores alunos”, afirmou, em referência ao centro de educação tecnológica da rede paulista.
Alckmin, que governou São Paulo por quatro mandatos e renunciou em abril para disputar a Presidência, não respondeu por que o efeito foi pior em São Paulo do que em outros estados, apesar de o critério ter mudado em todo o país.
A rede de ensino paulista perdeu a liderança no principal indicador de qualidade da educação básica, ficando para trás tanto em duas etapas do ensino fundamental quanto no ensino médio, onde a situação é mais grave.
O tucano limitou-se a dizer que “todos os secretários da Educação fizeram uma carta ao MEC dizendo, olha, é um absurdo. Não estava na portaria o que o Inep fez”.
O presidenciável defendeu o “estímulo ao ensino médio junto com o técnico, e não excluí-lo da prova”. E contemporizou a perda de liderança do estado, governado pelo seu PSDB há 24 anos.
“São Paulo está indo bem, cresceu no primeiro ciclo, cresceu no segundo ciclo, e o ensino médio vai ser reformulado no Brasil inteiro, tornando-o mais atrativo”, afirmou.
“O Brasil cresceu nos últimos oito anos 11 pontos no Pisa. São Paulo cresceu 22 pontos no Pisa. Nós vamos trabalhar para o Brasil inteiro melhorar a começar pelo ensino infantil.” (Folhapress)
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