Mais de 25 mil banhistas já foram queimados por águas-vivas em praias do litoral do Paraná em um período de 40 dias, de acordo com o Corpo de Bombeiros. No mesmo período do ano passado, foram registrados 9.455 casos.
A cidade de Pontal do Paraná foi a que contabilizou o maior número de banhistas queimados com 11.100 casos. Matinhos registrou 9.824 turistas queimados por águas-vivas e Guaratuba teve 4.827 pessoas feridas.
A bióloga Tânia Portella, coordenadora da Divisão de Zoonoses e Intoxicação da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), disse que o fenômeno tem se tornado comum nos últimos anos devido ao comportamento das correntes marítimas e às condições favoráveis para a reprodução das águas-vivas.
Segundo a bióloga, a tendência é que o número de casos aumente no verão devido ao maior número de banhistas na praia. “O que podemos fazer é monitorar os locais de risco e preparar a estrutura para atender a demanda de vítimas”, disse.
A Sesa disponibilizou uma central telefônica 24 horas para atender e orientar as pessoas nos casos de acidentes com águas-vivas ou outros tipos de envenenamento e intoxicações. As ligações podem ser feitas ao 0800-410-148.
MEDIDAS
Em casos de queimaduras, os bombeiros orientam os banhistas a lavar o local apenas com água do mar, mas sem esfregar. Segundo os bombeiros, as pessoas não devem lavar a região queimada com água doce ou outros líquidos, como bebidas alcoólicas, urina e azeite.Segundo a tenente do Corpo de Bombeiros Virgínia Maria Zambrim Turra, as vítimas devem ficar em observação para verificar se vão aparecer outros sintomas, como tontura, vômito, desmaios, dificuldades respiratórias ou o fechamento de garganta.”Se surgir qualquer um destes sintomas a pessoa deve procurar um médico ou posto de atendimento”, falou a tenente.
(FOLHAPRESS)