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Categorias: Goiânia
| Em 8 anos atrás

Agosto: índices de criminalidade continuam em queda em Goiânia

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O comandante do Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Ricardo Rocha, informou ao Diário de Goiás que agosto seguiu a tendência dos meses anteriores e obteve queda nos índices de criminalidade, com destaque para os crimes de homicídios e roubo a veículos. Entre as estratégias que auxiliam essa redução, está a apreensão de armas de fogo.

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“Como temos diminuído esses homicídios ao longo desses meses? Com apreensão de armas. A PM hoje tem apreendido na capital uma média de seis a oito armas por dia. Houve um dia em agosto em que apreendemos 12 armas de fogo. Então, é retirar armas ilegais das ruas, operações preventivas”, afirmou.

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Além disso, a Polícia Militar (PM-GO) também conta com parceria da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH). “Estamos trabalhando em parceria com a Delegacia de Homicídios, tivemos reuniões com todos os comandantes, todos os delegados, compartilhando informações de homicídios, inclusive in loco do homicídio”.

Para o tenente-coronel, os homicídios mais difíceis de prevenir são praticados dentro do seio familiar, como passionais. “Temos modalidades envolvendo questões familiares, que tivemos em agosto, foram quatro homicídios em que o esposo matou a esposa. São homicídios que são difíceis de prevenir”.

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Outra estratégia que poderia trazer maior redução nos números de homicídio em Goiânia, de acordo com Ricardo Rocha, é a limitação do horário de funcionamento de estabelecimentos que comercializam bebidas alcóolicas, como bares e distribuidoras.

“Grande parte do número de homicídios está relacionada ao uso de bebidas, de entorpecentes, uma distribuidora que funciona como distribuidora de bebidas, mas vende drogas. É um assunto que precisamos tratar de forma bem direcionada, é a delimitação”, ressaltou.

Em relação a essa questão, o Batalhão Escolar promove a patrulha da Maria da Penha, com possui quatro equipes em Goiânia, que fazem parceria com a Delegacia da Mulher para atuar no cumprimento de medidas de proteção.

“Também atendendo aos pedidos e denúncias. Em agosto fizemos a prisão em flagrante de um indivíduo que trancafiou a esposa por vários dias. Então, a patrulha Maria da Penha tem feito esse papel de proteção aos direitos da mulher”, explicou Ricardo Rocha.

Veja vídeo da entrevista:

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Roubo e furto de veículos

Segundo o comandante, a modalidade de crime de furto e roubo de veículos tem sido banalizada pela população goianiense, o que contribui para o aumento dos índices. “É uma modalidade que tem sido banalizada no meio da população. O indivíduo não quer trabalhar nem estudar e acha que se roubar veículos vai se dar bem”, afirmou.

Em entrevista ao Diário de Goiás, o tenente-coronel informou que apesar disso, é um dos crimes que mais incomoda a população, devido ao alto grau de violência que é utilizado no momento do roubo. “Os crimes de roubo de veículos são violentos porque, na maioria, das vezes tem o emprego de arma de fogo e simulacros”.

No entanto, segundo Ricardo Rocha, o crime compensa pelo alto lucro que os criminosos obtêm em comparação ao risco que correm. “O risco é pequeno e o lucro é alto. O indivíduo obtém um lucro de R$ 2 mil, R$ 2,5 mil por veículo, e o papel dele é o emprego de arma, render uma pessoa e logo após estacionar o veículo para outras pessoas vir buscar. É uma cadeia do crime que nós temos combatido duramente”, ressaltou.

Região Metropolitana

Devido à grande quantidade de municípios que integram a Região Metropolitana de Goiânia, a capital sofre com os criminosos oriundos de outras cidades, como Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. Assim como os demais municípios sofrem com crimes cometidos por moradores de Goiânia.

“O que tem dificultado a gente é uma capital com 1,5 milhão de habitantes, você tem ataques de marginais na capital, marginais que moram e residem em Senador Canedo, em Aparecida de Goiânia, em Trindade, estamos próximos a Inhumas, Goianira. A PM aqui na capital tem prendido [suspeitos] oriundos desses municípios da área metropolitana”.

Questionado sobre a possibilidade de, então, a Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) agir também de forma metropolitana, o comandante disse que já é feito o compartilhamento de informações entre as unidades e integração das forças policiais.

“Entendo que sim, futuramente pode se pensar nesse tipo, porque, na verdade, o crime sai de Aparecida, vem para Goiânia, sai de Goiânia e vai para Aparecida. Ele não tem limite. Compartilhamos informações e temos acesso em toda a parte de informação com Aparecida, através do comando do tenente-coronel Brum. Mas isso é um diferencial, acho que precisamos pensar nesse sentido”, afirmou.

Destino ao veículo

Ainda de acordo com Ricardo Rocha, o roubo de veículos é muito lucrativo e o carro ou motocicleta pode ter diversos destinos. Entre eles estão o desmanche para venda de peças e troca por armas de fogo ou drogas.

“É uma modalidade que preocupa porque você tem o golpe de seguro e o indivíduo tem um leque grande para agir, tem o desmanche. Em Goiânia temos muitas dobras de veículos, que são os dublês de veículos; temos os veículos que são utilizados para a prática de roubo, não só em Goiânia; e temos os veículos que são trocados por entorpecentes e armas. O indivíduo leva um veículo de luxo para um país vizinho e vem com droga e arma para a prática de crimes”, finalizou.

Veja vídeo da entrevista:

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Região Central

Em relação à região Central de Goiânia, para o comandante, falta políticas de assistência social para solucionar o aumento de pessoas em situação de rua, não apenas policiamento para garantir a segurança de pedestres e empresários.

“É um problema que a gente vê que é ausência de políticas de ação social para que essas pessoas possam voltar para suas cidades, seus lares. Isso está desaguando na parte da segurança pública. A população tem sofrido na área Central. Isso tem trazido problemas de roubos à pessoa, furtos em estabelecimentos comerciais e parte de urbanismo”.

Veja vídeo da entrevista:

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