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Agentes entram em greve e visitas a presídios estão suspensas no Rio

Parentes dos 51.113 presos do Estado do Rio estão sem poder receber visitas em função da greve dos agentes penitenciários, que teve início à 0h desta terça-feira (17).

Sem ter recebido o salário de dezembro e o 13º do ano passado, trabalhadores do sistema penal do Rio decidiram entrar em greve até a próxima segunda-feira (23).

A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) informou que colocou um plano de contingência para manter a segurança e a rotina nas cadeias do Estado. A pasta, contudo, não dá detalhes de como isso será feito, alegando medidas de segurança.

Havia a expectativa, não confirmada até o momento, de que policiais militares assumissem o posto dos grevistas, que fazem piquete em frente ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, a principal cadeia do Estado, onde se encontra preso, por exemplo, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral.

Até a publicação desta reportagem não havia sido registrado maiores tumultos nas cadeias do Estado.

Segundo o movimento grevista, houve paralisação do setor administrativo, sem prejuízo, no entanto, para que sejam servidas as refeições dos presos, bem como a contagem de detentos, entrada e saídas determinadas pela Justiça.

Policiais civis

A Polícia Civil também deu início, às 8h desta terça-feira, a uma paralisação de 72 horas, também em protesto contra atrasos salariais.

Segundo o Sindipol (Sindicato dos Policiais Civis) do Rio, apenas ocorrências com violência e grave ameaça, como homicídios, latrocínios e roubos estão sendo atendidas. Prisões em flagrantes feitas pela Polícia Militar também serão encaminhadas.

De acordo com o presidente do Sindipol, Francisco Chao, a DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros) está funcionando normalmente, devido a investigação do desaparecimento de uma menina em Acari. Homens da Core, o grupo de elite da Polícia Civil, não aderiram à paralisação para dar apoio as investigações sobre a criança.

A ideia é que o movimento dure dois dias. Após esse período, os policiais farão uma assembleia para determinar se entram ou não em greve.

Salários

Na última segunda-feira (16), o Governo do Rio conseguiu pagar a última parcela do salário de novembro. Os vencimentos de dezembro e o 13º da maior parte das categorias continua ainda sem ter sido pago. O salário de dezembro deveria ter sido pago no último dia 13.

O Estado do Rio negocia junto ao Governo Federal um pacote de ajuda fiscal, que incluirá a suspensão do pagamento do serviço da dívida com União. A expectativa é que até o final desta semana o pacote seja apresentado.

A ideia é que isso dê alívio para o governo colocar sua folha salarial em dia. Desde o início de 2015, imerso em grave crise fiscal, há atraso de pagamentos.

Folhapress

 

Thais Dutra

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