O prazo da prisão temporária de Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT, expira nesta terça-feira, 5. A defesa, feita pelos advogados Luís Rassi e Romero Ferraz, entende que não houve elementos para a decretação da prisão na sexta-feira, 1º, e que nem há motivos para a prorrogação da mesma.
Os criminalistas estão em Curitiba, no Paraná, desde sábado, 2, e nesta segunda-feira, 4, acompanharam o depoimento do ex-secretário na sede da PF.
Silvio Pereira está preso temporariamente desde sexta-feira, alvo de um dos desdobramentos da Operação Lava-Jato, suspeito de ter se beneficiado com dinheiro de corrupção da Petrobras e de ter arquitetado empréstimo no Banco Schahin para entregar ao empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande ABC. A prisão foi decretada pelo Juiz Sérgio Moro.
No depoimento, Silvio Pereira negou as acusações, disse que nunca havia se reunido com Ronan Maria Pinto, também preso na sexta, e não reconheceu nenhum dos pagamentos apontados pelo Ministério Público. Negou ainda que tenha recebido qualquer quantia no Mensalão.