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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Advogado de Lula reclama de ‘censura’ do Ministério Público e critica Moro

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Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula, criticou a fala do procurador regional Maurício Gerum, que havia reclamado da mobilização a favor de Lula. Para Zanin Martins, a declaração representa uma “censura ao povo”. Ele aproveitou para lembrar outros pontos de atrito com a Procuradoria na primeira instância, como a interceptação de telefonemas de um escritório de advocacia.

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Zanin disse que “o abuso do direito de acusar não pode ser aceito”. Ele citou que o Conselho Nacional do Ministério Público fez uma recomendação a um dos membros da força-tarefa da Lava Jato (o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima) para que parasse de usar as redes sociais para se manifestar politicamente.

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Zanin falou rapidamente sobre pontos já levantados anteriormente, como a divulgação de conversas de Lula e de Dilma Rousseff, o trâmite do processo no Estado do Paraná e a suposta parcialidade de Moro. “Quanto aos procuradores da República, todos nós sabemos que essa ação nasceu no Powerpoint”, disse Zanin, citando o “abuso do direito de acusar”.

O advogado também afirmou que 1/3 da sentença é formado por ataques à defesa. “O juiz que está incomodado com a parte não tem imparcialidade para julgá-la”, disse.

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Zanin fala também da “falta de correlação entre a denúncia e a sentença”. Ele diz que a acusação indicou quais seriam os três contratos da Petrobras relacionados à propina. “O juiz [Sergio Moro] deixou de lado essa acusação.” Moro construiu sua própria acusação, disse o advogado.

Para o advogado, Moro citou em sua sentença “atos de ofício indeterminados”. O advogado, com isso, quer dizer que o juiz não indicou que ação Lula praticou para favorecer a empreiteira OAS.

Zanin afirmou que o processo deveria chegar à conclusão sobre ter ocorrido algum pacto de corrupção, mas que a sentença responde de forma equivocada, com base na palavra de Leo Pinheiro, da OAS. “Ele é corréu, prestou depoimento sem dever da verdade”, disse. O advogado também criticou o Ministério Público por utilizar na sua argumentação uma matéria jornalística. “Não venha dizer que uma reportagem transfere propriedade.”

(FOLHA PRESS)

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