Definitivamente o Serra Dourada não caiu nas graças da torcida e dos dirigentes do Atlético Clube Goianiense. A galera rubro negra reclama das condições do estádio, que não são as mesmas de décadas passadas. A diretoria do clube se mostra insatisfeita por causa das altas taxas cobradas pela administração da praça esportiva.
Fato é que não existe uma identificação entre o Atlético e o Serra. Raramente o clube tem lucro com as partidas realizadas. Por conta disso o clube que vai disputar a partir do mês de maio o Campeonato Brasileiro, busca outra alternativa para mandar os seus jogos.
O Antônio Aciolly e o novo Olímpico são opções que agradam aos torcedores e dirigentes do Dragão. Mas dois problemas podem atrapalhar esse casamento entre time e estádio.
Em entrevista nesta terça-feira (22), o diretor de futebol do Atlético – Adson Batista, comentou as duas possibilidades.
Ao falar do Antônio Aciolly, Adson procurou enaltecer o trabalho de conselheiros como o Professor Alcides Ribeiro e Sebastião Santana, que estão trabalhando para reconstrução estádio, mas deixou evidenciado que no seu ponto de vista, é uma situação que vai demandar ainda muito tempo.
“Poder jogar lá seria fantástico, eu sou apaixonado no Aciolly. Mas é obvio que é preciso respeitar a CBF e suas normas. Temos pessoas trabalhando nesse sentido e a gente espera que tudo isso possa acontecer. Só que não podemos iludir ninguém, existe muitas obras para serem feitas”.
Estádio Olímpico
Com previsão de termino e inauguração para o primeiro semestre de 2016, a praça esportiva é a esperança rubro negra para os jogos do Brasileirão da Série B. Porém, Adson Batista está pessimista quanto à utilização do estádio.
A falta de informação e de ação política incomoda o dirigente: “Ninguém fala do Olímpico. É um estádio lindo, maravilhoso, mas até agora eu não vi o poder político do nosso estado demonstrar interesse em valorizar o principal esporte desse país que é o futebol. Até agora os discursos tem caminhado para contramão do que esperamos”.
No Campeonato Brasileiro, além do Atlético, os rivais Goiás e Vila Nova também poderiam deixar o Serra Dourada e optarem por jogar no novo estádio. “O Olímpico seria uma boa alternativa para os três clubes, porque vai estar novo, bonito e com o calor do torcedor e tem o tamanho de público exatamente para a Série B. Agora não vejo ninguém comprando a idéia, ninguém do lado dos clubes“.
Durante essa reta final de reconstrução do Olímpico, o Governo do Estado levantou a possibilidade da administração do estádio ser feita por uma Organização Social (OS). Adson não enxerga com bons olhos essa possibilidade.
“Esse negócio de OS é muito complicado, eu não vejo isso com bons olhos. Vamos aguardar e vamos ver e não quero ser injusto com ninguém até ver a coisa acontecer. Mas até o momento não vejo nenhuma vontade de respeitar o futebol como deveria”.