Começa na próxima segunda-feira (14), no Plenário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, o julgamento do assassinato do jornalista Valério Luiz que aconteceu no dia 5 de julho de 2012, quando ele saia da Rádio Jornal 820, onde era comentarista esportivo. Cinco pessoas vão a júri popular por envolvimento no crime: Marcus Vinícius Xavier, Urbano Carvalho Malta, Ademá Figueiredo Aguiar, Djalma Gomes da Silva e Mauríco Borges Sampaio, que é apontado como mandante do crime.
A motivação do assassinato, de acordo com investigações da Polícia Civil que durou sete meses, foi por conta dos comentários críticos de Valério Luiz em relação ao Atlético, que era administrado por Maurício Sampaio. O julgamento marcado para 2015 teve diversos adiamentos.
No período entre a morte até hoje, Sampaio seguiu dirigente do Atlético e recebendo apoio de pessoas dentro do clube. Com o julgamento se aproximando, o atual presidente do Dragão, Adson Batista foi questionado a respeito da influência que o processo tem no dia a dia da agremiação.
Adson disse não ser juiz, que isso não pertence ao Atlético e questionou se o “Flamengo matou a Eliza Samudio”, se referindo ao assassinato da modelo que tinha uma relação com ex-goleiro Bruno do clube carioca. O jogador foi acusado de ser o mandante do crime e após julgamento, foi preso.
Ele pediu respeito ao Atlético: “Estou aqui para responder perguntas esportivas. O Atlético não matou ninguém. Eu não posso responder por crime, se eu matar alguém o Atlético não vai responder. Isso aí é maldade de pessoas que querem imputar a um clube um assassinato que logicamente é muito grave. Ninguém tem que morrer por ser maldoso, por fazer críticas, por ser pessoa peçonhenta. Ninguém tem que morrer por isso”.
O presidente atleticano disse ainda que o clube é administrado com gestão e seriedade: “Aqui não é um lugar que senta em uma mesa e vamos matar um cara amanhã. Não existe isso. Isso é uma vergonha”, completou Adson Batista que também destacou que não é justo culpar o Atlético pelo assassinato.