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Política
| Em 2 anos atrás

Adriana Accorsi explica por que PT votou contra taxa do agro

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Durante discussão na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) sobre a taxa do agro, na noite de quinta-feira (18/11), a deputada estadual Delegada Adriana Accorsi (PT), que se elegeu deputada federal nas últimas eleições, foi ovacionada por produtores rurais que acompanhavam a votação.

“Você tem o meu voto”, chegou a dizer um deles. Vale lembrar que o setor, em sua maioria, é favorável às pautas do presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar de haver movimentos na direção oposta, como o Agro pela Democracia, que apoiou Lula (PT).

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Na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), a taxa do agro une toda a oposição, da esquerda à direita, contra o projeto. Tanto é que, no Plenário, os bolsonaristas Paulo Trabalho e Paulo Cezar Martins, ambos do PL, elogiaram publicamente os petistas Antônio Gomide e Delegada Adriana Accorsi, que receberam aplausos dos manifestantes presentes.

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Em entrevista ao Diário de Goiás, a deputada estadual do PT explicou por que o partido decidiu votar contra o projeto, que, segundo governistas, deve ter impacto principalmente nos grandes produtores, e não nos pequenos.

“Nós entendemos que todos os projetos têm que ser dialogados com a sociedade. Não houve diálogo nenhum, com nenhum setor da sociedade, no caso desse projeto. É um projeto em um péssimo momento, de uma crise econômica terrível que atinge o nosso país e, por isso mesmo, foi eleito um outro presidente, para ter uma política econômica diferente”, disse.

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De acordo com Delegada Adriana Accorsi, a taxa do agro é prejudicial ao estado. “Pode gerar desemprego e realmente prejudicar o setor. Além disso, é um projeto mal-elaborado, que não traz definição de alíquota e muitas coisas que vão ficar ao dispor do governo. É uma carta branca. Isso não é democrático.”

A parlamentar criticou o fato de os governistas não aceitarem nenhuma emenda e de os detalhes sobre o que, de fato, será taxado serem regulamentados posteriormente via decreto do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). “Esse projeto não tem garantia nenhuma. Não sabemos o que vai ser feito”, frisou.

Por outro lado, o deputado estadual Talles Barreto (União Brasil), que é o relator da proposta, afirmou ao Diário de Goiás que a garantia é “a palavra de um governo sério”. Segundo ele, leite, feijão, arroz, algodão, agricultura familiar e venda e compra de bezerro, por exemplo, não serão taxados.

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