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| Em 4 anos atrás

Adriana Accorsi é confirmada como pré-candidata ao Paço e vê PT fortalecido em 2020

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A deputada estadual Adriana Accorsi foi oficializada nesta terça-feira (16), após reunião do diretório regional, como a pré-candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) na corrida para a prefeitura de Goiânia. A parlamentar tentará, pela segunda vez, chegar ao Paço Municipal. Depois do quinto lugar em 2016, Accorsi vê um cenário mais favorável à sua candidatura em 2020.

Em entrevista ao Diário de Goiás, a pré-candidata diz que evoluiu como gestora nos últimos quatro anos. A principal mudança, porém, está na imagem pública do PT. “O ano de 2016 foi o auge do desgaste do Partido dos Trabalhadores, em função do impeachment (da então presidente Dilma Rousseff) e de toda uma perseguição”, pontua. Segundo Accorsi, “se não fosse aquele momento político que vivíamos, teria uma votação bem maior” que os 46 mil votos que recebeu no último pleito municipal.

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Para a pré-candidata petista, a população “percebeu que houve uma grande manipulação” para desgastar o partido e, atualmente, o eleitorado já trata a sigla com “outro olhar”. Ela destacou ainda a experiência adquirida em seu tempo na Assembleia Legislativa, enfrentando crises econômica, política e agora sanitária. “A gente muda muito no sentido de evolução, de aprender e conhecer ainda mais os problemas da cidade”, afirmou.

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A deputada pontua ainda que, com a pandemia de Covid-19, as pessoas devem estar mais atentas à política. “Vejo que as pessoas vão escolher o melhor projeto. Todos estão percebendo o quanto a política influi na nossa vida. Ela pode definir se temos o direito de viver ou não”, avalia.

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Goiânia pós-pandemia

Se for eleita a nova gestora da capital, Accorsi promete uma cidade que valorize as pessoas. Segundo ela, Goiânia estará devastada após a Covid-19, com “centenas de famílias sofrendo com as perdas e uma crise econômica imensa, com pessoas passando necessidade e desemprego”. Nesse cenário, a deputada crê num crescimento da demanda por serviços públicos, principalmente na Educação.

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“Tem que ser uma prefeitura preparada para acolher e cuidar das pessoas. Precisamos investir em serviço público de qualidade e isso se faz investindo nos servidores”, argumentou. Ela defende ainda a criação do Banco do Povo, com linhas de crédito para famílias menos favorecidas e parcerias para auxiliar micro e pequenos empresários que perderam com a crise.

No transporte público, que se mostra cada vez mais um dos principais problemas da capital, Accorsi garante que vai exigir que as concessionárias cumpram os contratos e ofereçam um serviço que dê dignidade aos usuários.

“O contrato exige um determinado número de ônibus na frota, que a frota deve ser trocada de tempos em tempos, que deve haver linhas adequadas e dar dignidade dos usuários. Tudo isso está em contrato e não é cobrado. O transporte público que temos hoje em Goiânia é inaceitável. O Poder Público deve exigir que o contrato seja cumprido, caso contrário, ele será rescindido”, destaca.

Iris candidato e campanha

Peça-chave do cenário eleitoral, o prefeito Iris Rezende ainda não anunciou se será ou não candidato à reeleição. Como potencial adversária, Accorsi reconhece a força do atual gestor e acredita que o emedebista colocará seu nome no pleito. “Tudo indica que ele será candidato”. A petista citou ainda a atuação do prefeito durante a pandemia e teceu críticas. “A postura que ele tem para mim é irresponsável, omissa e eleitoreira. Isso mostra sua real intenção de ser candidato”, disse.

Apesar de esperar um embate com Iris, Accorsi ressalta que isso não influi em sua campanha. Ela revela que tem uma agenda intensa de reuniões para formatar um “plano de governo democrático” e tem tentado se reinventar na realidade imposta pelo coronavírus. “Isolamento social existe, mas isolamento político não”, destaca. Nesse cenário, as redes sociais têm sido o principal canal.

“Eu já utilizava muito, mas agora utilizo muito mais. É o meio para se transmitir informações, dialogar, receber sugestões e críticas. Nada substitui o abraço, o aperto de mão, mas temos que procurar ter proximidade e transparência nesse trabalho a distância”, disse.

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Rafael Tomazeti

Jornalista