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Categorias: Política
| Em 8 anos atrás

Adiada votação da PEC do Teto de Gastos

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Estava prevista para esta quarta-feira (12), apresentação do relatório de autoria do deputado Gustavo Sebba (PSDB) relativo a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Teto de Gastos Públicos. No entanto, não houve convocação extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e as discussões sobre o tema ficaram para depois do feriado de Semana Santa. Servidores públicos comemoraram o adiamento, para que se tenha mais tempo para negociações.

O líder da bancada do PSDB na Assembleia Legislativa e relator do projeto, Gustavo Sebba, explicou a reportagem do Diário de Goiás que tem ouvido argumentações dos servidores públicos e também por parte de integrantes do executivo. Ele destacou que vem analisando sugestões de ambas as partes para que possam ser acolhidas ou não no projeto.

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Em relação ao Executivo, Sebba disse que há uma preocupação relativa a situação financeira do Estado e a necessidade de aprovação da PEC que impõe limites para os gastos dos poderes estaduais pelos próximos dez anos.

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“Acho que a sociedade está extremamente favorável ao projeto porque se na casa do cidadão ele tem que conter gastos, porque o governo não deveria? Esse projeto tem como objetivo conter gastos em todas as áreas. É claro que na parte que tange ao servidor público é onde estamos tentando flexibilizar mais. Porém, os demais gastos do governo, é importante essa contenção, esse contingenciamento, e dos demais órgãos, Ministério Público, Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa. É importante que a gente tenha essa postura de buscar padronização. Porque até então o que se vê é sempre que você precisa fazer uma economia, ter cortes, isso parte só do Executivo. Aí quem acaba sendo o maior prejudicado? Costuma ser o servidor público também”, declarou o deputado.

O relator já esteve reunido também com técnicos do Executivo e representantes sindicais de praticamente todas as categorias do serviço público estadual. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás (Sintego), Bia de Lima, disse que mesmo com flexibilização de alguns pontos, a PEC não atende o interesse dos servidores públicos.

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“Estão tentando nos convencer que não teremos os salários congelados. Como não, se até o quinquênio que é a única coisa que cada servidor tem, que a cada 5 anos temos reajuste de 5%, está na PEC. Os deputados têm repetido o discurso do governo. Os deputados ficam no que é superficial e só fica naquilo que é interesse do governo”, afirmou Bia de Lima.

Mudanças

Gustavo Sebba disse que o projeto já passou por algumas mudanças, entre elas a redução do tempo da revisão do novo regime fiscal de cinco para três anos. Outro ponto é relação ao indicador a ser adotado como base para o teto.

O relator declarou que vai propor também a extinção de um fundo que está previsto para ser criado, segundo o projeto, passando 50% para a conta única do Estado de receita que seria, por exemplo, de outros órgãos que teriam autonomia, como Ministério Público, Tribunais de Contas e a própria Assembleia Legislativa

“Acho que o ajuste, o teto para eles já atinge nosso objetivo de contenção de gastos de todos os poderes, mas não poderíamos obrigar essa contenção por parte da receita deles de 50% à conta do Estado, do Executivo. Acho que o poder tem autonomia para isso e se já temos uma lei que fala desse recurso ser desses poderes, nós temos que respeitá-la”, argumentou.

Oposição

O presidente do PMDB Metropolitano e deputado estadual, Bruno Peixoto, declarou que a única saída para a oposição neste momento é tentar protelar o andamento do projeto, até que ocorra a conclusão das negociações que estão em andamento.

“Nós vamos pedir vistas, apresentar o voto em separado contra essa PEC que prejudica o servidor público e evidentemente que o governo tem maioria. Quando for aprovado na CCJ, virá para o plenário, vamos apresentar uma emenda também excluindo todos os artigos que trazem prejuízo aos servidores públicos e nós vamos debater até o último instante para, no mínimo, protelarmos a votação para essa matéria que traz tantos prejuízos aos servidores do nosso estado”, disse.

O parecer será apresentado e analisado primeiro na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e só após aprovação na Comissão vai à Plenário, onde precisa de 25 votos dos deputados para aprovação.

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