O julgamento de 16 pessoas, entre elas 14 policiais militares, acusados pela suposta prática de homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio triplamente qualificado, além de formação de quadrilha, foi transferido para Goiânia. Os crimes ocorreram em Águas Lindas.
A decisão foi da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). Já o pedido de desaforamento foi proposto pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). Segundo o órgão, os policiais poderiam intimidar as testemunhas e os jurados, comprometendo a imparcialidade e tranquilidade do júri. Ainda de acordo com o MP, os acusados são temidos na região do Entorno de Brasília.
O relator do caso, juiz substituto em 2° grau Sival Guerra Pires, afirmou que a transferência do julgamento para Goiânia mostra-se aconselhável para que sejam convocados jurados desconhecidos dos acusados.
Segundo o juiz, os crimes são graves, de grande repercussão social, e causam receios na população local e nas próximas testemunhas. Sival Guerra ainda ressalta que o município de Águas Lindas é uma região violenta e que a suposta participação dos acusados em grupo de extermínio leva à possibilidade de risco à imparcialidade dos jurados.
Serão julgados Josué Alves da Silva, José Arli Folha, Josué Antônio da Silva, Benisvaldo Santos Sousa, Rui Barbosa de Oliveira, Antônio de Jesus Leite, Antônio Carlos Xavier da Silva, José da Silva Santos Júnior, Miquéias Jesus dos Santos, Sindomar João de Queiroz, Carlos Roberto de Faria, Vinícius Martins Cardoso, Luiz Antônio da Silva Durão, Givaldo Viana Francolino, Carmem Lúcia Dias do Amaral e Éber Soares do Amaral.