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Acusado de assassinatos em série recua e diz que matou 29 pessoas

  Tiago Henrique Gomes da Rocha assumiu a autoria de 29 assassinatos e não 39 como ele informou no primeiro depoimento. A Polícia classifica como uma estratégia de defesa. Não está descartada a hipótese de que ele teria assumido um número maior de crimes apenas para se promover.

De acordo com o titular da Delegacia de Investigação de Crimes de Homicídios, Murilo Pollati, dos 39 casos que Tiago assumiu inicialmente a autoria, um ele repetiu a descrição e em outro caso, a vítima sobreviveu. Há, porém a morte do jovem Rafael Carvalho Gonçalves, em Campinas, ainda em fevereiro do ano passado. A polícia passou a atribuir Tiago como responsável por este assassinato. Desta forma, 38 homicídios que podem ter sido cometidos por Tiago estão sendo analisados pela polícia.

Relativo aos casos da Força Tarefa, iniciada no início de agosto para apurar a morte de 14 mulheres e de um homem, Tiago manteve a autoria dos 15 homicídios.  Quanto às mortes de moradores de rua, a polícia destacou que ele seria responsável por sete mortes e não oito como informado inicialmente.

“É difícil de entender o que se passa na cabeça dele, ele assumiu num primeiro momento algumas mortes dadas como certas, em razão das provas periciais e da balística e outras ele negavam, mas em conversas com advogados ele acabou assumindo 29 crimes que nós praticamente tínhamos a certeza de que ele cometeu, é estratégia de defesa, cabe a polícia confirmar ou não se foi ele praticou os casos” afirma Pollati.

De acordo com o delegado, não está descartada a hipótese de que Tiago seja responsável por outras mortes. Murilo Pollati entende que o acusado tinha ciência dos atos praticados. A polícia o classifica como uma pessoa fria, meticulosa e desafiadora. Quanto à realização de um exame psicológico, ficou para ser realizado quando o caso já estiver na esfera judiciária.

“Entendemos com todos os delegados, representantes do Ministério Público e com o psicólogo forense que integra a equipe a ser composta no judiciário, que não era o momento adequado, pois se faria um exame isolado e num segundo momento esse mesmo exame teria que ser feito por uma equipe integrada por diversos profissionais e que esse mesmo psicólogo faz parte”, ressalta o titular da Homicídios.

Andamento das investigações:

Já em relação aos próximos passos da investigação, uma das principais metas nos próximos dias será a de concluir pelo menos dois inquéritos, para que sejam remetidos ao poder judiciário. Desta forma a polícia teria condições para solicitar a conversão da prisão temporária em preventiva.

Até o momento nenhum inquérito foi concluído. De acordo com Murilo Pollati, falta a conclusão de laudos periciais.

“Nós aguardamos principalmente os laudos periciais, principalmente em relação a balísticas e locais de crimes que ainda não foram concluídos, temos provas testemunhais para se confirmar outros crimes e aí sim relatados com estes laudos, nós damos por concluídos os inquéritos” afirma.

O titular da Homicídios informou que a medida que os inquéritos forem concluídos, serão remetidos ao poder Judiciário.

Dificuldade nas apurações:

Murilo Pollati explicou que o modo de agir de Tiago Gomes dificultou em diversas situações o trabalho da policia. Em várias situações, o acusado pedia o celular da vítima, mas devolvia.

“Ele cometia assaltos, e que na verdade o intento era matar, criava situações e inclusive dificultava o trabalho da polícia, pois ficava a dúvida se era homicídio ou latrocínio, cujas investigações são diferentes”, ressalta o titular da Homicídios.

Quanto à utilização da arma, o acusado pouco se manifestou. Foi informado em interrogatório que utilizou uma única arma em todos os crimes, a polícia ainda não confirmou, pois faltam laudos. De toda forma, os policiais não acreditam na versão colocada pelo acusado.

Pistolagem:

Segundo a polícia um dos casos que estão sendo analisados, está relacionado à pistolagem.  Tiago teria recebido a princípio mil reais para matar o proprietário de um restaurante. As informações iniciais são de que a ex-mulher do comerciante teria contratado Tiago para executar a ação. O caso ainda não foi concluído.

Foi cogitado que Tiago teria sido contratado para matar outra pessoa, mas a polícia descartou a hipótese.

Outros crimes:

A Polícia apura o envolvimento do suposto assassino em série em outros crimes como: tentativas de homicídios e patrimoniais. De acordo com Murilo Pollati, as tentativas serão analisadas pelos distritos das áreas onde ocorreram os crimes.

Foram confirmados dois fatos, que serão investigados pelo 5º DP em Goiânia e pelo 2º DP em Aparecida. Em relação aos crimes patrimoniais, serão apurados pela delegacia responsável pelo tipo de crime cometido.

Samuel Straiotto

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