Em troca da manutenção do cargo, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), negou, nesta quinta-feira (15), qualquer tipo de acordo com o governo federal sobre arquivamento de pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT).
Para Cunha, a informação de que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva estaria comandando as negociações com o deputado são “ridículas”. “É tão ridícula que me atribui diálogos com pessoas com as quais não falo há três meses”.
Em uma das reportagens veiculadas nesta quinta sobre as negociações, foi noticiado que Eduardo Cunha teria almoçado com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) para discutir estratégias.
“Eu almoço com o Michel Temer e isso vira acordo. É brincadeira!”, disse o deputado. Além disso, Cunha também afirmou que se encontrou com o ministro da Casa Civil, Jacques Wagner, mas que não houve nenhum acordo.
“Ele não propôs acordo nenhum. Eu conversar com ministro significa que tem de ter proposta de acordo acho isso tão ridículo. Tenho de dialogar com todo mundo. Esse é meu papel”, ressaltou.
Até sexta-feira (16), o presidente da Câmara dos Deputados deverá receber um novo pedido de impeachment, feito por partidos da oposição. De acordo com líderes que assinaram o documento, é esperado que Cunha “cumpra seu dever constitucional” e decida sobre o pedido o mais rápido possível.
“Nós da oposição vamos cobrar de acordo com o regimento interno, que estabelece a possibilidade de recurso sobre qualquer decisão do presidente da Câmara. Como tal, vamos usar em plenário”, disse Rubens Bueno (PPS).
(Com informações da Agência Brasil)