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Categorias: Brasil
| Em 8 anos atrás

Acordo entre Governo do Espírito Santo e associações pode colocar fim à paralisação de PMs

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Após muitas rodadas de negociações nos últimos dias, finalmente integrantes de associaões de militares e representantes do Governo do Espírito Santo chegaram a um acordo e paralisação da PM no estado pode se encerrar oficialmente a qualquer momento, e os militares poderão voltar às ruas já neste sábado (11). Até às 8 horas, mulheres de policiais continuam acampadas no ES.

O secretário estadual de Diretos Humanos, Júlio Pompeu, e pelo presidente da OAB-ES, Homero Mafra confirmaram a informação. No acordo selado no fim da noite desta sexta-feira (10), os policiais deveriam voltar ao trabalho até as 7 horas deste sábado.Pompeu disse em entrevista coletiva que é esperado que os policiais voltassem ao trabalho até as 7 horas e assim não teriam punições administrativas. Ele pediu bom senso aos policiais militares, pois a população do Espírito Santo está cansada. Segundo o Jornal Folha de Vitória,na reunião estiveram presentes pelo menos seis entidades representativas de militares estaduais.

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Veja o vídeo da entrevista coletiva por representantes do Governo do Espírito Santo

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Apesar de o anúncio ter ocorrido de forma oficial por parte dos representantes na noite desta sexta-feira, de toda maneira o acordo teria de ser levado para aprovação final para os trabalhadores, para que aí sim o fim da greve seja decretado. O secretário estadual de Diretos Humanos, Júlio Pompeu esperava que até as 7 da manhã deste sábado, o acordo fosse cumprido. Júlio Pompeu agradeceu as entidades dos militares, a deputados estaduais, a OAB do Espírito Santo, a Arquidiocese, a igrejas evangélicas, entre outros que colaboraram com o avanço nas negociações.

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De acordo com o serviço Folha Press do Jornal Folha de São Paulo, a proposta não extingue os 703 inquéritos militares abertos contra os PMs amotinados por crimes de revolta, como apontado pelo secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia. Os policiais indiciados podem ser condenados a pena de 8 a 20 anos de prisão. Segundo a Secretaria de Segurança Pública disse pela manhã, eles deixarão de receber salário e escalas extras desde o sábado passado (4) até a volta ao trabalho. O Estado tem cerca de 10 mil PMs.

Ainda segundo o Folha Press, as mulheres de policiais também poderão ser responsabilizadas pela paralisação. Segundo o secretário, André Garcia, por solicitação do Ministério Público Federal, elas estão sendo identificadas e poderão ser indiciadas em um processo civil. Ele não informou quantas delas.

Ressalva

Parte de familiares e amigos de policiais militares questionou que nenhuma das mulheres que participou de reuniões anteriores esteve presente no acerto. Desta forma, ainda por volta das 21 horas de sexta, grupos de manifestantes continuavam em frente a batalhões no Espírito Santo.

Pressões

Segundo o Folha Press, como policiais militares são proibidos pela Constituição de fazer greve, as mulheres bloquearam a entrada de batalhões do Estado para impedir que eles saíssem para patrulhamento. A pressão sobre elas, porém, já tinha aumentado mais cedo. No final da tarde desta sexta (10), algumas choraram e cantaram o hino nacional e o hino do soldado capixaba no portão do Batalhão de Missões Especiais, acompanhadas por policiais à paisana.Segundo policiais que não quiseram se identificar, as mulheres são constantemente abordadas por colegas contrários ao movimento ameaçando tirá-las à força ou denunciar a presença de crianças ao conselho tutelar. “Está todo mundo nervoso. Em 2017, vivemos uma ditadura militar”, afirmou uma das mulheres.

Transporte Coletivo

Independente do acordo, segundo o jornal A Gazeta do Espírito Santo, após quatro dias de paralisação, os ônibus do transporte coletivo voltam a circular em Vitória e nas demais cidades da Região Metropolitana. A assessoria do Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários), confirmou a informação.

Cerca de 500 militares do Exército irão atuar na segurança dos terminais, dentro dos coletivos e se necessário, nas garagens das empresas de ônibus. O plano de circulação, segundo o sindicato, já valeria para este sábado (11).

Veja a ata da reunião realizada entre representantes dos grevistas e do governo

O documento de fim do motim é assinado pelo Comitê de negociação, formado pelos secretários de Controle e Transparência, Eugênio Coutinho Ricas, Direitos Humanos, Julio Cesar Pompeu, Casa Civil, José Carlos da Fonseca Junior e da Fazenda, Paulo Roberto Ferreira.Também assinam a ata o presidente da Associação dos Oficiais Militares do Estado do Espírito Santo (Assomes), Major Rogério Fernandes Lima, o presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS), Renato Martins Conceição, o presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Espírito Santo (ABMES), Sargento Sérgio de Assis Lopes e o presidente da Associação dos SubTenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiro Militar do Espírito Santo (Asses), Capitão Paulo Araujo de Oliveira.

Redação do DG, com informações dos jornais Folha de Vitória, A Gazeta, do sistema Folha Press da Folha de São Paulo e do Governo do Espírito Santo.

Em instantes outros detalhes

Atualizada às 08:25

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