No quarto bloco os candidatos fazem perguntas de temas livres entre si. A polarização é efetivada entre Paulo Garcia e Jovair Arantes, mas o clima esfriou.
Primeira pergunta é sobre a legalização do aborto
Isaura Lemos (PC do B) – O mais importante é a vida. Sou totalmente contra qualquer medida que suste a vida. O que consideramos importante é que a sociedade compreenda a importância do planejamento familiar e dos métodos contraceptivos. Este debate deve ser realizado para que evitemos milhares e milhares de mortes. Precisamos que a Saúde Pública assuma o compromisso social de defender a vida.
Paulo Garcia (PT) – Como médico fui educado para garantir a vida. A família é o ponto central da sociedade, precisamos defende-la. Meu posicionamento é claro e nunca escondi este ponto de vista, esta convicção.
Simeyzon Silveira (PSC) – Como cristão defendo a vida em todos os momentos. Sou contrário ao aborto. A família é nossa prioridade. A vida é nossa prioridade. Defenderemos, com todas as nossas forças, o direito de viver. Não aceitamos, de nenhuma forma, a interrupção da vida. Queremos trabalhar isso desde a educação básica para que nossas crianças aprendam o valor da vida, que é inegociável.
Jovair Arantes (PTB) – Debati muito esta questão no Congresso Nacional, defendo o direito à vida. Não podemos distrair em relação a este assunto. Sou cristão e por isso contrário ao que defende o meu partido no cenário federal. Temos que tratar este assunto como tema de Saúde Pública e precisamos orientar nossos jovens em relação a isso.
Elias Júnior (PMN) – Sou extremamente contrário a qualquer atitude contra a vida. Em qualquer estágio, mesmo na gravidez. Sou a favor da vida desde o momento da concepção. Sabemos que isso é uma dádiva divina.
Pantaleão (PSOL) – Aborto pelo aborto é uma imbecibilidade. Se discutirmos este tema com hipocrisia não chegaremos a lugar algum. Nenhuma mulher rica morre fazendo aborto. Respeito as diferenças, mas devemos atender as meninas de baixa renda que optam por esta escolha. Somos todos a favor da vida, mas não podemos ignorar as contradições da sociedade capitalista. O aborto não é uma questão isolada.
O que têm a oferecer à vida?
Isaura Lemos – Temos que oferecer acesso à Saúde Pública. Gostaríamos muito que a sociedade compreendesse que este ponto terá um tratamento especial em nossa administração. Vamos tratar os profissionais desta área com respeito, como merecem.
Paulo Garcia – Temos uma vivencia prática de luta pela qualidade de vida nesta administração. Já realizamos diversas ações e pretendemos criar mais dois hospitais municipais, centros de diagnósticos, entrega de medicamentos para usuários crônicos em suas próprias casas, queremos implantar o sistema de consultas com horários marcados, como na rede particular. Investimos muito em saúde e vamos investir muito mais.
Simeyzon Silveira – Nossa coligação, que traz o nome Minha Cidade, Minha Família, tem este nome porque acreditamos que o tratamento com os goianienses deve ser como os de nossa família. Queremos proporcionar educação de qualidade, segurança pública, saúde e todas as outras necessidades básicas.
Jovair Arantes – Precisamos respeitar a população desta cidade. Vejo uma administração atual que trata muito mal este cidadão. Queremos resolver estes problemas e uma saída que vamos implantar é o sistema Vapt-Vupt da Saúde.
Elias Júnior – Primeiramente quero levantar um tema que é a falta de Unidades de Tratamento Intensivos (UTIs) em Goiânia. Não podemos mais permitir inúmeras perdas por falta de estrutura na Saúde Pública municipal.
Pantaleão – Temos que pensar no todo. Acredito que devemos valorizar o cidadão. Todas as necessidades são interligadas. Precisamos ter honestidade para admitir que este é um problema sério que não será resolvido em um mandato.
20 Bloco
De onde sairão os recursos para tantas propostas de criação?
Pantaleão – Esse discurso de “vamos criar, vamos criar” não é comigo. Acredito que devemos respeitar o orçamento do município para realizar o maior número possível de ações. Precisamos ainda estabelecer um mecanismo para que a população acompanhe o direcionamento desta verba.
Elias Júnior – Como prefeito de Goiânia vou brigar para que o grande orçamento de nossa cidade seja bem implantado. O que temos que fazer é empregar todos os recursos em prol da sociedade. Vou respeitar o cidadão e oferecer alternativas reais e viáveis para melhorar a qualidade de vida.
Jovair Arantes – Minha experiência política, após cinco mandatos como deputado federal, permite o conhecimento de como buscar e aplicar os recursos que temos não só em Goiânia, mas no Brasil. Meu alinhamento político vai possibilitar a viabilização de mais recursos para resolver os problemas desta cidade. Uma das questões que vamos nos ater é o do transporte público, que é vergonhoso.
Simeyzon Silveira – O problema do Brasil não é arrecadação, mas falta de gestão e planejamento. Precisamos respeitar os recursos públicos, os impostos pagos pelo cidadão. Teremos, em minha gestão, uma central de projetos para que possamos buscar a todo momento um projeto pronto para receber verba dos programas federais. Não nos faltará vigor para trabalhar em prol desta cidade. Neste país não faltam recursos, falta respeito ao contribuinte. Faremos uma gestão planejada e de resultado.
Paulo Garcia – Estamos trabalhando em todo momento pelo crescimento desta cidade. Temos investido com planejamento e seriedade. Buscamos verbas federais e grandes projetos já estão em andamento graças a este recurso.
Isaura Lemos – Nossa cidade é rica em oportunidades e por ter um povo trabalhador e dinâmico. Precisamos construir um polo industrial para aumentar ainda mais nossa receita. A mulher coloca ordem a casa e vamos colocar ordem nesta Casa. Vamos alinhar Goiânia.
O que pensam sobre as parcerias público-privada?
Pantaleão – Privatização nunca resolveu os problemas públicos. Não podemos entregar nossos patrimônios. Se o Estado ou município privatiza ele abre mão do suor do trabalhador.
Elias Júnior – Não cogitamos nenhum tipo de privatização em Goiânia. Se optarmos por qualquer tipo parceria, será uma via de mão dupla. Um benefício mútuo que melhorará a qualidade de vida do goianiense.
Jovair Arantes – Goiânia foi criada para 50 mil habitantes. Precisamos discutir formas de administrar esta cidade, com controle social e gerenciamento dos investimentos. A questão é complexa e não pode ser tratada de maneira isolada.
Simeyzon Silveira – Sou totalmente contrários a terceirização da gestão, mas sou favorável as parceiras público-privadas, principalmente na infraestrutura. Os estudos apontam sucessos neste tipo de administração.
Paulo Garcia – Sou a favor do estado forte, com planejamento e execução. Precisamos conhecer esta cidade profundamento. Mesmo sendo diferentes, precisamos de oportunidades iguais. Amo esta cidade, nasci aqui e luto para que Goiânia seja uma cidade com pessoas felizes.
Isaura Lemos – Consideramos que é preciso ajudar os que mais precisam independente da forma. Temos que olhar para todos e nos empenhar para o crescimento desta cidade.
30 Bloco
Pergunta entre os candidatos sobre saneamento básico
Pantaleão pergunta à Simeyzon Silveira
Pantaleão – Como prefeito o senhor criaria um processo de fiscalização da Saneago?
Simeyzon Silveira – O saneamento básico municipal é terceirizado. Precisamos fazer uma boa fiscalização para que o saneamento chegue à toda população de Goiânia. Precisamos fiscalizar também o que está sendo depositado nos rios da cidade. Temos que pensar na drenagem, com bocas de lobo limpas, evitando alagamento da cidade.
Pantaleão (réplica) – Uma coisa puxa a outra. O governo do Estado está lutando para privatizar a Saneago e o mais grave é que ela não oferece o serviço que deveria. Não podemos deixar privatizar nossa água. Temos que usar a força da prefeitura para defender este serviço.
Simeyzon Silveira (tréplica) – Não podemos permitir a vista grossa. A Saneago tem um compromisso com Goiânia e devemos exigir o cumprimento dessas ações. Não pode haver omissão do poder público.
Simeyzon Silveira pergunta para Elias Júnior sobre infraestrutura
Qual o planejamento para o problema no trânsito em Goiânia?
Elias Júnior – Faltou muito investimento na rede viária de Goiânia. Vamos construir viadutos, pontes, implantar corredores exclusivos para ônibus. Trabalharemos para o bem do povo. Temos problemas pontuais de maior urgência, como na saída para Inhumas, a conclusão da Leste-Oeste e outros.
Simeyzon (réplica) – Sou favorável as parcerias para a solução dos grandes projetos de infraestrutura, mas a prefeitura não pode se furtar de resolver alguns pontos específicos. A padronização das calçadas, implantação de asfaltos de qualidade, caixas de infiltração e outros serão medidas na nossa administração.
Elias Júnior (tréplica) – Conheço bem a realidade de Goiânia, sei das dificuldades de infraestrutura. Vamos trabalhar para a realização de um trabalho preventivo e de qualidade.
Elias Júnior pergunta para Isaura Lemos sobre desenvolvimento econômico
Qual o projeto para os feirantes de Goiânia?
Isaura Lemos – Pensamos em Goiânia como uma metrópole. Um polo econômico e políticos. Vamos trabalhar junto com a sociedade para promover um desenvolvimento sustentável para que possamos ofertar empregos com poder aquisitivo maior para o cidadão. Temos que criar um polo industrial no ramo de confecções.
Elias Júnior (réplica) – Como prefeito vou garantir que todas as feiras livres de Goiânia tenham banheiro químicos, segurança preventiva com o apoio da guarda municipal e condições dignas de trabalho.
Isaura (tréplica) – Temos que pensar também no recurso para este comerciante. Vamos resgatar o banco do povo para fornecer o capital e assessoria para investimentos.
Isaura pergunta para Jovair sobre drogas
Como o senhor vê esta problemática e quais as medidas para solucionar?
Jovair Arantes – Drogas é o grande problema da sociedade atualmente. Queremos unir a sociedade e organizações religiosas para a efetivação de um trabalho amplo para solução deste problema.
Isaura (réplica) – Também queremos unir as entidades para garantir a valorização deste trabalho. Queremos chamar atenção dos familiares para o trabalho de prevenção.
Jovair (tréplica) – Somando este trabalho ao que vamos realizar queremos mobilizar a polícia e o corpo de bombeiros para um trabalho de prevenção. Acredito que por si só este trabalho irá reduzir em 70% os índices de criminalidade em nossa cidade.
Jovair pergunta para Paulo Garcia sobre Saúde Pública
Qual será a solução para os problemas que vemos diariamente?
Paulo Garcia – Saúde Pública é uma demanda a ser respondida não só em Goiânia, mas em todas as grandes cidades brasileiras. Tenho dado respostas às demandas da população com grandes investimentos e melhorias nesta área. Investiremos ainda mais em tecnologia, padronização do sistema como estamos fazendo dia e noite.
Jovair (réplica) – Acredito que melhorar postos de saúde, mas oferecer solução para os usuários deste sistema em qualquer lugar da cidade. Por isso temos o projeto do Vapt-Vupt da Saúde.
Paulo (tréplica) – Com todo respeito, gostaria de dizer que o senhor está mal informado. Somente em minha gestão, construí 15 novas unidades de saúde. Assinei o plano de salario dos profissionais da saúde, que hoje têm remuneração digna. Temos dado demonstração clara de um trabalho responsável e sério.
Paulo Garcia pergunta para Pantaleão sobre plano diretor
O senhor acredita que a atualização do plano diretor deve ser feita?
Pantaleão – Acredito que existe a necessidade de revitalização deste, mas o que mais me preocupa é o não cumprimento do que já existe. Precisamos ouvir a população para alterar este regimento, que é a alma da cidade.
Paulo (tréplica) – O Plano Diretor de nossa cidade é seguido à risca. Acredito na necessidade de uma atualização anual deste regimento, ouvindo profissionais da área e a própria população. Trabalhamos dentro da legislação, mas acreditamos na tese de revisão anual.
Pantaleão (tréplica) – Acredito que a população não está sendo bem representada, já que existem muitas reclamações de desrespeito deste projeto.
40 Bloco
Isaura Lemos pergunta para Pantaleão
Como o professor pretende resolver o problema da segurança pública?
Pantaleão – A violência não é uma coisa isolada. Atualmente vivenciamos um momento gravíssimo. Temos que fazer uma política de parceria, exigindo o repasse de verbas para esta área do governo estadual. Precisamos ampliar os projetos para o combate as drogas.
Isaura (réplica) – Queremos envolver toda a sociedade para diminuir os índices de violência em Goiânia. Precisamos fazer com que a juventude retorne aos estudos e se capacite para o trabalho qualificado.
Pantaleão (tréplica) – Eu reforço a necessidade de retomar o programa Cidadão 2000. O poder público precisa agir mais e ajudar a mudar esta realidade.
Pantaleão pergunta para Paulo Garcia
O que o senhor acha do projeto de aumento salarial enquanto a população enfrenta dificuldades econômicos?
Paulo Garcia – Precisamos entender que os poderes são independentes. A Câmara aprovou o aumento salarial, o que está previsto em Lei. Vetei, não por ilegalidade, mas por acreditar que não havia interesse público neste projeto.
Pantaleão (réplica) – A população reagiu pois é um aumento abusivo e absurdo. O Congresso Nacional elabora leis para atender os interesses deles. Acredito que é necessário o apelo e pressão da sociedade.
Paulo (tréplica) – Estaremos sempre atentos ao clamor social e ao interesso público. Olhando, atentamente, os mais carentes e necessitados de nossa cidade.
Paulo Garcia pergunta para Jovair Arantes
Sem ter perdas na arrecadação, como o senhor agiria para diminuir os impostos e estimular a economia local?
Jovair Arantes – O princípio é básico: quem paga mais é o que tem maior capacidade produção. Nos pontos de venda que reúnem pessoas do Brasil inteiro, precisamos investir em infraestrutura, apoiar o turista que vem para as compras. Precisamos pensar no bem estar da sociedade de forma sistemática.
Paulo (réplica) – Não tenho tido notícias da sua luta pela Reforma Tributária ou desoneração dos impostos, mas posso informa-lo o que tenho feito. Logo que assumi, convoquei toda sociedade que atua na cadeia de produção discutindo isenção de impostos, vou implantar o IPTU verde, para preservar o meio ambiente, dentre outros.
Jovair (tréplica) – O senhor não tem notícias porque deve estar faltando com a leitura. Não me admira as isenções que tem concedido, já que atende a interesses pessoais.
Jovair Arantes pergunta para Simeyzon Silveira
Quais as soluções para o trânsito de Goiânia?
Simeyzon Silveira – A infraestrutura é fundamental para qualquer área da administração. Queremos promover ações que já estão previstas no Plano Diretor e daremos a atenção devida para todas as áreas.
Jovair (réplica) – Sempre busquei recursos federais para esta cidade e temos projetos ambiciosos para Capital. Vamos apostar na cidade que queremos e amamos.
Simeyzon (tréplica) – Não podemos esquecer também as ciclovias. O Plano Diretor já prevê esta ação. Nós iremos cumprir com esta determinação, assim como a construção das Casas de Cidadania, levando a administração pública para os bairros, próximo ao cidadão.
Simeyzon pergunta para Elias Júnior
O senhor fará parcerias com as entidades religiosas?
Elias Júnior – Tenho grande respeito e admiração pelas entidades religiosas que prestam serviços essenciais para a sociedade. Vamos dar todo apoio, fazer parcerias com estes órgãos. Não podemos assumir toda a responsabilidade da cidade sozinhos, vamos contar com essas organizações que já fazem muito por todos nós.
Simeyzon (réplica) – Perguntei por acreditar na seriedade deste assunto. Existem, e sempre existiu, muita promessas de parcerias. Precisamos da prática. Precisamos alavancar os projetos religiosos que acolhem o cidadão. Daremos a devida atenção a estas entidades. Ofereceremos segurança urbana, de forma séria e promovendo convênios com estas casas religiosos.
Elias (tréplica) – O prefeito Elias Júnior estará junto com o povo. Incentivando ações em todas as áreas e entidades que se preocupem com o bem estar social.
Elias Júnior pergunta para Isaura Lemos
Como vamos resolver o problema do transporte coletivo?
Isaura Lemos – Minha luta para melhoria do transporte coletivo é uma luta de décadas. Sempre lutamos contra o monopólio do transporte coletivo. Poucas empresas dominam a área sem oferecer um trabalho de qualidade. Esses grupos exploram o transporte sem compromisso com a sociedade. Precisamos ter o controle municipal do transporte.
Elias (réplica) – É preciso ter projeto, mas é preciso também ter coragem. Farei com que os representantes municipais no transporte coletivo tenha voz ativa para fazer funcionar este sistema que hoje é caótico. Não existe fiscalização efetiva nesta área. A CMTC vai funcionar de verdade em minha gestão.
Isaura (tréplica) – Temos que abrir os olhos e admitir que está errado. Temos que cobrar o cumprimento dos contratos e pedir auxílio da sociedade para que nos ajudem a resolver este problema.