Vanderlan: Foco na energia limpa (foto divulgação)
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O senador Vanderlan Cardoso (PP-GO) anunciou que uma Comissão Temporária Externa irá visitar a cidade de Minaçu, neste sábado (27), para averiguar a situação da cidade depois que o STF baniu a extração de amianto no Brasil. O grupo de senadores irão até a mineradora Sama conhecer o trabalho de processamento do amianto e, em seguida, visitarão a cidade para entender os impactos que o fechamento da empresa está causando na economia local. (Veja programação abaixo).
A Comissão foi formada depois da aprovação de um requerimento do senador Vanderlan Cardoso, que tem trabalhado para impedir o fechamento definitivo da mineradora. O grupo, que irá até Minaçu é composto pelo presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e os senadores Jorge Kajuru, Luiz do Carmo, Irajá Abreu, Zequinha Marinho e Chico Rodrigues. Todos eles foram convidados por Vanderlan, autor do requerimento, que fez questão de que os outros dois senadores goianos, Kajuru e Luiz do Carmo, também participasse da comitiva.
Para Vanderlan, a agilidade do presidente Davi Alcolumbre em aprovar a Comissão Externa e marcar, de imediato, a ida a cidade de Minaçu, mostra a sensibilidade que ele está demonstrando para com os trabalhadores goianos. “Essa agilidade do presidente Davi Alcolumbre merece nosso reconhecimento. É isso que os trabalhadores da Sama precisam no momento, uma resposta rápida e positiva. O STF e a PGR, que deverão tomar a decisão final sobre a cidade de Minaçu, também deveria fazer o mesmo”, disse.
Da mesmo forma que o Senado Federal enviará uma Comissão Externa a Minaçu, o senador Cardoso propôs, em discurso no plenário, que o Supremo Tribunal Federal (STF) também fizesse o mesmo e designasse uma Comissão do Tribunal para ir à cidade e à Sama, antes da decisão final sobre o caso. “O STF deveria levar em consideração os aspectos humano da sua decisão, já que a medida vai provocar o desemprego de centenas de trabalhadores e causar danos pesados à economia do Município”, lembrou.
Entenda o caso
No dia 29 de novembro de 2017, o plenário do STF proibiu a extração, industrialização, comercialização e distribuição de todo tipo de amianto no Brasil, inclusive, o crisotila, que era extraído em Minaçu. A decisão do STF provocou a demissão de milhares de trabalhadores de um setor que, na época, ultrapassavam os 170 mil empregos diretos e indiretos, em todo Brasil.
A cidade de Minaçu foi a mais afetada já que 60% de sua arrecadação é oriunda do amianto. No dia 11 de dezembro de 2017, a CNI e o Instituto Brasileiro de Crisotila apresentaram requerimento a ministra Rosa Weber pedindo suspensão da decisão do STF até o julgamento dos embargos de declaração. Atualmente, o STF aguarda um parecer da Procuradoria Geral da República (PGR) para julgar o recurso interposto e anunciar a decisão final sobre o caso. Enquanto isso não acontece, os trabalhadores estão de braços cruzados e sem receber salário. A empresa já anunciou que deverá fechar as portas de forma definitiva se até o dia 15 de maio deste ano o STF não apresentar sua decisão sobre o caso. Isso representaria a demissão de todos os trabalhadores da mineradora. “É justamente isso que queremos evitar. Estamos trabalhando para preservar os empregos em Minaçu”, finalizou o senador Vanderlan.
Confira a programação:
