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Acomodar PMDB e outros aliados é próximo desafio

As bancadas do PMDB da Câmara e do Senado iniciaram uma disputa pelo lote de cada grupo. Os deputados, liderados por Eduardo Cunha (RJ), atuam para impedir que cargos antes sob sua influência passem para as mãos dos senadores, que esperam ser recompensados por se considerarem mais fiéis ao Palácio do Planalto.

Brasília – Definido o primeiro escalão da equipe econômica, o próximo desafio da presidente Dilma Rousseff é acomodar os aliados na Esplanada dos Ministérios no segundo mandato. E nenhum partido dará mais trabalho à petista que o PMDB.

As bancadas do PMDB da Câmara e do Senado iniciaram uma disputa pelo lote de cada grupo. Os deputados, liderados por Eduardo Cunha (RJ), atuam para impedir que cargos antes sob sua influência passem para as mãos dos senadores, que esperam ser recompensados por se considerarem mais fiéis ao Palácio do Planalto.

Na quarta-feira, enquanto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lutava para tentar manter de pé a sessão do Congresso convocada para votar o projeto de lei que flexibiliza a meta do superávit primário, considerado vital pelo governo, Cunha e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se reuniam com um seleto grupo de correligionários na sala da liderança da legenda.

Além de não marcarem presença, o que contribuiu para o adiamento da sessão para terça-feira, eles decidiram que vão pleitear o mesmo número de pastas com que os senadores forem contemplados. Enquanto definiam essa posição, Renan era xingado pela oposição no plenário.

O principal pleito dos deputados é emplacar Henrique Alves. Deputado por 11 mandatos consecutivos, o presidente da Câmara ficará sem função a partir de fevereiro – ele foi derrotado na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte. Embora a pasta mais cogitada para tanto seja a da Previdência, hoje comandada pelo senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), seu primo, o sonho de consumo do deputado é a Integração Nacional.

Com um orçamento de R$ 9,3 bilhões e grande capilaridade, principalmente no Nordeste, a pasta é cobiçada pelo PMDB do Senado para o líder da bancada, Eunício Oliveira (CE), que também perdeu a disputa estadual. O PROS, do governador do Ceará, Cid Gomes, luta para manter o ministério em seu poder.

Desde 2013, quando, sob orientação de Cunha, a bancada da Câmara se declarou independente e disse que não indicaria mais cargos para o primeiro escalão, os deputados perderam espaço para os senadores.

Renan conseguiu colocar no Ministério do Turismo o afilhado Vinícius Lages, um engenheiro agrônomo natural de Maceió. E a Agricultura, que é da cota da Câmara, vai ser transferida para as mãos da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) – além dela, já foi escolhido o senador Armando Monteiro (PTB-PE) para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio, uma forma de tentar trazer o PTB de volta à base.

A própria Dilma aproveitou reunião com Renan, na segunda-feira, para pedir apoio à indicação de Kátia, pois havia resistência ao nome dela no PMDB. O aliado prometeu cooperar.

No Senado, a orientação é não comprar briga com a presidente da República, pelo menos enquanto Dilma não concluir a escolha dos ministros. Eunício afirmou que, apesar de o nome de Kátia Abreu ser uma escolha pessoal da presidente, o PMDB seguirá à risca a promessa de Renan de não implicar com a indicação. “A Kátia é uma das nossas”, disse o líder do PMDB.

O Senado fez uma espécie de acordo de bastidores para aguardar a decisão de Dilma sobre a ocupação na Esplanada. Para cada pasta, haverá um senador candidato. Por exemplo: se a presidente decidir manter o Ministério de Minas e Energia com o partido – o que será difícil, pois ela pretende fazer mudanças no setor -, o nome a ser indicado será o do líder do governo, Eduardo Braga (AM). Se for a Integração, Eunício é o indicado.

Vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer quer manter na Aviação Civil o ministro Moreira Franco, além de encontrar um lugar para o deputado Elizeu Padilha (RS). Isso justifica a pressão dos deputados peemedebistas, cientes do risco de perderem espaço no governo a partir de janeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Marcley Matos

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