O prefeito de Trindade e presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), Jânio Darrot divulgou uma nota, sobre a notícia veiculada nesta quinta-feira (20), no Diário de Goiás, na qual a Metrobus planeja suspender as operações na região Metropolitana. “Temos a informar que não permitiremos que sejam prejudicados os usuários do transporte coletivo que utilizam a extensão do Eixo Anhanguera para se deslocarem no trecho Goiânia, Trindade, Goianira e Senador Canedo”, diz a nota.
Ainda segundo a nota, o prefeito não acredita que o governador Ronaldo Caiado concorde com a decisão. “Com a tese absurda do presidente da Metrobus, Sr. Paulo César Reis, quando este afirmou que a parte do déficit da Metrobus é “culpa” das extensões do Eixo”.
Darrot deixa sua indignação, afirmando que Trindade será um dos municípios mais prejudicados com essa decisão da Metrobus. “Como presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CTDC), sugiro que seja feito um estudo técnico-financeiro pela Metrobus que aponte outras saídas que não prejudiquem os usuários”.
O prefeito aproveitou para defender a criação da taxa sobre o licenciamento de veículos individuais como uma das soluções para o transporte coletivo na Capital e Região Metropolitana. “Reitero a sugestão de um modelo de tributo adotado nas maiores cidades do mundo, onde os motoristas dos chamados transportes individuais pagam tributos que viabilizam subsídio para os transportes coletivos”, finaliza a nota.
A Metrobus se manifestou também por nota, veja na íntegra:
A Metrobus, no último dia 30, oficiou a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) para informar a decisão de descontinuar a operação estendida até os municípios de Senador Canedo, Goianira e Trindade.
O retorno à operação tradicional (somente no Eixo Anhanguera) será gradual, precedido de ampla divulgação e não trará nenhum prejuízo à população. Ao contrário, permitirá a colocação de mais ônibus no Eixo, em melhores condições e plataformas e Terminais mais confortáveis. Quanto à população que utiliza as extensões, continuarão pagando o mesmo valor e sendo atendidos pelas empresas que são as “donas” das linhas, conforme definido nos contratos de concessão.
A decisão de não mais operar as extensões surgiu da necessidade de se equilibrar as contas da Companhia, pois a operação estendida aumentou drasticamente as despesas, especialmente com pessoal, combustível, peças e pneus, vez que a linha passou de 13,8 km para mais de 70km. Somente no ano passado foram 23 milhões de reais de aporte do Governo do Estado para garantir o custeio da empresa. Essa não é obrigação do acionista majoritário, por isso a necessidade de retorno à operação somente na linha que lhe foi concedida.
Ao longo dos próximos 15 dias a Metrobus, após discutir com as demais empresas, apresentará à CMTC um cronograma para o retorno às operações originais, o qual priorizará a ausência de transtorno aos usuários dos trechos estendidos. A empresa ressalta que com mais ônibus a disposição no corredor Novo Mundo – Padre Pelágio, a população terá ônibus passando num intervalo menor: dois em dois minutos, talvez até menos, em especial nos horários de pico.