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Política
| Em 2 anos atrás

Aava Santiago critica Rogério Cruz por relacionar livros à sinusite

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O vereadora Aava Santiago (PSDB) usou a palavra, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (14/12), na Câmara Municipal de Goiânia, para criticar a fala do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) que relaciona livros à sinusite.

“O prefeito de Goiânia disse que está fechando bibliotecas e salas de leitura porque livros causam sinusite, porque livros adoecem. E me choca muito que os parlamentares dessa Casa não tenham se chocado, não tenham demonstrado perplexidade, não tenham lamentado que aquele que administra o nosso município insulta a nossa inteligência”, disse.

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O comentário de Cruz ocorreu na prestação de contas, realizada na segunda-feira (12/12), após questionamento feito pela própria Aava. “Nós não estamos tirando livro de ninguém. Pelo contrário, estamos investindo, colocando até mais livros nas escolas. Agora, de forma diferente.”

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“Não podemos ser obrigados, por desenvolvimento no nosso país, além do desenvolvimento tecnológico que hoje temos no nosso país, manter sala só com livros, onde crianças muitas das vezes entram, e têm problemas ao entrar nas salas, têm problemas de sinusite”, acrescentou o prefeito.

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A parlamentar do PSDB classificou a resposta como arrogante. “Ao ser questionado por mim, na ânsia de se sair da minha pergunta, responde com arrogância. A arrogância dos medíocres, a arrogância dos pequenos, a arrogância dos que serão apagados da história logo assim que deixarem de ter mandato.”

“O que adoece, prefeito, é não fazer o repasse do Imas. O que adoece é o servidor público ficar meses esperando uma consulta e não conseguir porque a Prefeitura não foi capaz de fazer o básico: o pagamento dos hospitais, dos médicos. É isso que adoece. Não é livro, não, prefeito. Livro salva vidas. Livro é aquilo que pode permitir que nossa cidade nunca mais eleja alguém como o senhor”, prosseguiu.

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Na avaliação da tucana, “talvez por privilégio, talvez por ignorância, o prefeito desconheça o poder que as salas de leitura têm”. E finalizou: “A leitura resistirá. Os livros permanecerão. A saúde emocional, física e intelectual das nossas crianças triunfará sobre a miudeza, sobre a insignificância, sobre a mediocridade de um gestor, que, com tantos problemas em sua gestão, prefere culpar os livros do que fazer o seu trabalho”.

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