“A renovação, fazemos todos os dias ao colocar Goiás como referencial para o país”, disse o vice-governador José Eliton na tarde desta segunda-feira (18/09), durante entrevista ao programa De Frente com Jarbas, do Jornal O Popular. Ao discutir os rumos da sucessão de 2018, ele não considera que os nomes apresentados até agora pelas oposições se constituam em “forças renovadoras”.
“O senador Ronaldo Caiado vem de uma política do seu tataravô, do seu bisavô, de mais de 30, 40 anos, que renovação é essa?”, disse o vice-governador. “E o deputado Daniel Vilela, filho do ex-governador Maguito Vilela, do PMDB, estava aí no poder há muitos anos, que renovação é essa?”, prosseguiu. Para José Eliton, “precisamos avançar sempre é na modernidade das ideias, para que elas sejam equilibradas e convergentes com a sociedade”, acentuou.
O vice-governador avalia que o momento é da construção de um projeto central que garanta o passo à frente na vida administrativa de Goiás. Ele lembra que os agentes públicos não podem ter um discurso que vá sempre na perspectiva do enfrentamento e do combate. “É preciso ter capacidade de diálogo com a sociedade, com os setores produtivos, com os estudantes, com as organizações sociais, com os movimentos da diversidade”, cita ele. “Você tem que ter capacidade de construir políticas públicas que passem a refletir os interesses de toda a comunidade, e não apenas de um segmento”, destaca.
O vice-governador disse, também, que “é muito triste ver, em cenários como o Senado Federal, um parlamentar chamando o outro para brigar lá fora”. Segundo analisa “não me parece um comportamento adequado para alguém que queira unir o estado num projeto de consolidação enquanto referência para o país”.
Ao falar da pré-candidatura ao governo, Zé Eliton afirma que, neste momento, está focado nas questões administrativas e que, assim como o governador Marconi Perillo, tem compromisso com o atual mandato. “Estamos focados no Goiás na Frente, que é um programa fundamental para o desenvolvimento do estado, buscando dar respostas à sociedade”, garantiu.
“Naturalmente, não ignoro que, nesse momento, os partidos políticos estão discutindo a sucessão de 2018”, disse. “O PSDB me convocou para assumir essa missão e alguns partidos da base, por exemplo o PP, já estão discutindo, estão incorporados”, afirma. “Temos mantido muito diálogo com o PTB, com o PSD, o PR, o PDT e outros”, diz. “Acho que vamos construindo no consenso, de maneira muito madura”, ressalta.
Zé Eliton lembra que Marconi Perillo, em todos os seus governos, operou uma transformação profunda e que, com o Goiás na Frente, prepara o estado para um passo à frente em tecnologia, em inovação, em formação do conhecimento. “São políticas modernas que possam dar respostas aos anseios da sociedade”, afirma. “É um grande desafio nosso”, diz. “Estamos a construir um plano a ser apresentado aos goianos que possa garantir um salto qualitativo do estado entre 2019 e 2022”, informa.
“Não tenho dúvida de que a base estará unida dentro de um projeto muito sólido, compondo todas as suas vagas com os melhores quadros referenciais para que possamos ir para a eleição com um bom discurso, um bom debate com os eleitores”, afirma Zé Eliton.
Conforme declara, “é uma felicidade termos tantos partidos apresentando nomes, todos qualificados para as vagas que teremos disponíveis para 2018”. Segundo avalia, “possuímos um leque de alianças muito amplo, com partidos sólidos e lideranças fortes e que têm um histórico de serviços prestados a Goiás”.
Zé Eliton observa que a base teve sempre um histórico de buscar o consenso por meio do diálogo com as lideranças, ao reconhecer problemas, apontar soluções e projetos. “Não tenho dúvida de que, ao final das convenções, estaremos com essa chapa formada e toda a base unida em torno desse projeto”, disse.
Ao final da entrevista, em que tratou de questões de desenvolvimento do estado, segurança pública e a conjuntura política, Zé Eliton disse que “é importante a gente ter espaço onde não caiba apenas o discurso simples e fácil”. Ele defendeu o aprofundamento dos temas “para mostrar o pensamento real de um e o pensamento real de outro que quer apenas jogar para a plateia, e não discutir realmente e apontar soluções para Goiás e o Brasil”, concluiu.