Eleito em 2016 como prefeito da cidade de São Paulo, João Doria (PSDB) mantém a risca sua imagem de gestor e afirma que não é político, e sim “está na política”. “Não sou político, respeito os políticos. Eu estou na política para fazer gestão, fazer administração”, diz ele.
Em entrevista ao apresentador Raul Gil, Doria disse que em 2018 não pretende concorrer com o governador paulista e seu padrinho político, Geraldo Alkimin (PSDB). “Não é hora disso ainda. É hora da gente cuidar da administração. Ele [Geraldo Alckmin] da gestão no governo do Estado de São Paulo e eu na gestão recém-iniciada na Prefeitura de São Paulo”, afirmou ao Raul Gil.
O prefeito também comentou sobre os desafios que tem encontrado na prefeitura, que já eram esperados por ele. “É exatamente como eu imaginava. Eu sabia que não era uma coisa fácil. Não é fácil ser um gestor de uma cidade-Estado. São Paulo é um país.”.
No programa, que vai ao ar no próximo sábado (9) no SBT, o gestor falou sobre sua estratégia política. “Eu faço isso descentralizando a gestão com colaboradores capazes, com um bom time. Às vezes os políticos não têm esse hábito de formar bons times”, diz ele.
BRASIL
Quando questionado pelo apresentador Raul Gil sobre o cenário atual do país e os casos de corrupção, o atual prefeito disse que o país deve construir uma política melhor. “Não pode o Brasil continuar sendo um exemplo de corrupção, tem que ser um exemplo de correção e não de corrupção.”.
No último mês, o presidente Michel Temer (PMDB) extinguiu uma região de reserva amazônica conhecida como Renca (Reserva Nacional de Cobre e seus Associados). Para João Doria, na verdade, é necessário monitorar e preservar as áreas florestadas no Brasil.
“É preciso proteger a floresta brasileira. Ela é um ativo do Brasil para o mundo. É preciso ter uma vigilância maior e mais tecnologia porque é impossível fazer fisicamente por terra ou pelos rios a vigilância sobre a região amazônica como um todo. É preciso ter tecnologia, satélites que possam identificar e um investimento melhor na proteção.”.
CIDADE LINDA
Sobre a ação de dispersão da cracolândia, em São Paulo, Doria diz ter tomado uma decisão assertiva: “Eu não tomei uma decisão apressada, tomei uma decisão corajosa. Coragem não me falta.”.
“Não houve disparo de nenhum tiro, não houve nenhum acidente, ninguém ficou ferido. Prendemos 58 traficantes que estavam lá, prendemos um chefe de tráfico, 311 armas, 110 quilos de cocaína”, disse o prefeito.
O gestor também afirmou que busca, em sua gestão que dura, diminuir o tráfico de drogas. “Isso aí acabou, não tem mais. Enquanto eu for prefeito de São Paulo, não vai ter mais. E não há facção criminosa que vai me intimidar. Aqueles que são traficantes e bandidos vão para cadeia”, disse ele ao apresentador Raul Gil. (Folhapress)