A menos de um mês da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, que ocorre no dia 2 de fevereiro, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda não declarou oficialmente se será realmente candidato à reeleição.
A candidatura de Maia, que foi eleito para um mandato tampão após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), envolve um impasse jurídico. A Constituição e o regimento da Câmara vedam a reeleição do presidente na mesma legislatura, mas o deputado trabalha com a tese de que a regra não se aplica a quem se elegeu para mandato tampão.
Além disso, aliados defendem que ele deixe para anunciar sua candidatura quando estiver mais próximo do pleito, para evitar desgastes. Na última quarta-feira (4), o presidente da Casa declarou que sua candidatura “está começando a ficar madura”.
Devem também se candidatar à presidência dois deputados do chamado “centrão”: Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO).Reportagem da Folha de S.Paulo desta sexta-feira (6), no entanto, afirmou que Maia conquistou o apoio de alas significativas do ‘centrão’, e agora trabalha para tentar selar sua reeleição ao comando da Casa já no primeiro turno da disputa.
Oficialmente, Temer tem afirmado que não se envolverá no processo de escolha, mas, nos bastidores, o governo federal tem articulado a desistência de candidatos adversários e o apoio de siglas à reeleição de Maia.
CRONOGRAMA
O prazo para registro de candidaturas vai até as 23h do dia 1º de fevereiro, quando haverá o sorteio da ordem dos candidatos na urna eletrônica.
No dia seguinte, a partir das 9h, deve começar a votação, desde que haja pelo menos 257 parlamentares no Plenário. Para ser eleito, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação ou ser o mais votado no segundo turno. A votação é secreta e realizada em cabines eletrônicas.
Além do presidente da Câmara, serão eleitos dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes.