Há pouco menos de uma semana como titular do Escritório de Prioridades Estratégicas, o consultor de negócios estratégicos Fábio Cammarota pode ser novo no Paço Municipal, mas conhece muito bem o plano de governo que elegeu a chapa encabeçada por Maguito Vilela (MDB) e Rogério Cruz (Republicanos). Afinal, ele participou diretamente na construção do documento vitorioso das eleições. Pouco mais de cinco meses, Cammarota agora conduzirá uma pasta recém-criada com a missão de fazer valer aquilo que ele próprio concebeu. “Primeiro, ter estado ao lado de Maguito e de Rogério foi e é uma honra. São políticos que fazem diferença e que tem um perfil diferenciado daqueles comuns”, destacou o secretário em entrevista ao Diário de Goiás.
Uma das principais missões frente ao Escritório será criar e fomentar projetos e soluções em conjunto com outros órgãos. Segundo ele, será necessário integração e sinergia, sempre buscando preservar a saúde financeira do município. “Vamos trabalhar com indicadores de tempo e qualidade. Ao final, vamos dar ao prefeito uma percepção sobre a realidade existente e dos projetos para a melhoria da qualidade de vida”, pontuou.
Para isso, é importante delimitar e reconhecer as necessidades que Goiânia exige. O Plano de Governo será um fator norteador importante nesse sentido. “Inicialmente, temos que traçar todas as ações e avaliar nelas a complexidade, a envergadura e estabelecer prioridades de alcance com base em uma avaliação de captação sobre componentes necessários de uma força tarefa”, disse. “Com esse modelo mental, vamos identificar e conhecer qual a planificação de alcance de cada uma das ações”, acrescentou.
Plano de governo: sintonia muito grande entre Maguito e Rogério
Envolvido na criação do Plano de Governo que elegeu Maguito Vilela (MDB), Fábio Cammarota recebeu o desafio de desenvolver um documento que pudesse apresentar qualidade e dar uma ‘perspectiva animadora para a sociedade’. “Estudei o material de cada pasta que pode me encaminhar. De uma maneira republicana e aberta como todo mundo podia ver. A gente teve uma sintonia muito grande com o Maguito e Rogério”, pontuou.
A partir do que tinha à mãos, Cammarota pondera que conseguiu construir um bom plano para a população goianiense. “Trabalhamos com essa perspectiva. Conhecer a realidade e a visão deles. E saiu, sem falsa modéstia, um documento razoável para a sociedade. FOi isso que a gente pode fazer”.
Mas vale à ressalva: o Plano de Governo apesar de ser norteador não é engessado e intransponível. Mutações podem acontecer, ao longo da gestão, o que não significa que isso seja um tiro no projeto eleitoral. “O plano de governo ele é um esforço de um momento. Ele não tem um fim em si mesmo. Ele é um esforço de construção contínuo. Até porque, a tomada da realidade depois que você assume o governo mostra a viabilidade dos projetos e outros projetos que não tínhamos enxergado ainda como necessários. É um processo virtuoso, mas de construção contínua”, ponderou.
Até porque vivemos uma situação pandêmica há mais de um ano. “Nós pensávamos, há um ano, que hoje ela (pandemia) estaria decaindo e estaríamos numa outra realidade. E ao contrário, nós nos deparamos com uma terceira onda. Essa pandemia impacta numa perspectiva de plano de governo, onde, às vezes, vamos ter que priorizar umas ações em detrimento das outras. Não é que uma ação seja melhor ou pior, é o momento que a vida exige”.
A Goiânia dos sonhos de Maguito e de Rogério
Em um mundo de sonhos e ideias, Maguito e Rogério caminharam juntos no período eleitoral. A covid-19 contaminou ambos ainda na campanha. Se o vice teve uma rápida recuperação, não dá para dizer o mesmo do emedebista. Alçado à prefeito, Rogério Cruz a princípio teve apoio do grupo político ligado à Daniel Vilela, filho de Maguito. Mas logo houve o rompimento. O partido, por ora, tem caminhado na administração. Mas surgiram fissuras. De acordo com Cammarota, no entanto, os sonhos de Maguito e de Cruz se convergem. “Para ambos, a questão social é vital”, considera.
“Olha o passado do Maguito, veja quem foi Maguito Vilela na época do social e olha o que Rogério fez na vida dele até mesmo como missionário na África. O DNA dos dois é totalmente convergente na questão social”, destaca. Segundo Cammarota, os projetos dos dois não se limitam ao social. “Tornar Goiânia em um centro irradiador de tecnologia e em um ambiente de negócios favorável também é pauta. Goiânia e Goiás são uma potência, mas temos que fortalecer isso ainda mais”, pondera.
Na visão de Fábio, Maguito e Rogério poderiam muito bem fazer a dobradinha Bebeto e Romário, em uma metáfora futebolística? “Eles batiam uma bola muito bem entre os dois. Eu fico muito bem confortável. Eu não estou vendo uma visão distinta de um e de outro. Eu estou vendo convergência”.
Sobre as mudanças administrativas, as quais ele define como “dissintonias”, Fábio não está preocupado. Fábio destacou que sua preocupação é entregar resultados. “Minha missão é conseguir angariar pessoas, gerar sinapses de relações, conseguir e captar recursos para que o plano (de governo) se materialize”, destaca.
Talentos Gyn: a sociedade recebeu muito bem
Um dos principais programas patrocinados pelo Escritório foi a implementação de um processo seletivo para contratação de pessoas aos cargos comissionados. Apesar de não ser nenhuma novidade no Brasil, trata-se de algo novo que o Paço Municipal vivencia. Cammarota tem boas expectativas com relação à ação.
Ele acredita que tanto a população em Goiânia como o Paço Municipal podem ganhar com um projeto como o Talentos Gyn. “Temos aqui uma diversidade de pessoas muito grande. Temos profissionais excelentes do quadro administrativo e temos pessoas de fora que assumem cargos em comissão e que trazem uma visão diferente”, concluiu.