Mais de 10 milhões de eleitores dos Estados Unidos já haviam votado para presidente até a noite desta terça-feira (25), a duas semanas das eleições no país. As estatísticas foram fornecidas pelo site United States Elections Project e pelo grupo de análise eleitoral da agência de notícias Associated Press.
A legislação eleitoral dos EUA permite que o voto seja antecipado, ou que cidadãos votem pelo correio. A medida é uma forma de facilitar a participação, o que é importante em um país onde o voto não é obrigatório.
Como o sistema eleitoral é descentralizado, cada Estado estabelece regulações próprias para o voto antecipado. Existem mecanismos de voto antecipado em 36 Estados e no Distrito de Columbia (sede da capital americana, Washington).
Espera-se que 45 milhões registrem sua escolha antes do dia da eleição, 8 de novembro, e que a votação antecipada possa atingir 40% do eleitorado.
Caso essa previsão venha de fato a se confirmar, será reforçada uma tendência crescente entre os eleitores americanos de preferência por votar antecipadamente. Em 2012, foram registrados 35% de votos antecipados, já em 2000 foram apenas 16%, segundo a AP.
Nas eleições de 2016, o mecanismo de voto antecipado parece dar alguma vantagem para a candidata democrata, Hillary Clinton, cuja campanha tem uma estrutura maior que a de seu rival republicano, Donald Trump.
Tendo isso em vista, a equipe de Hillary apostou em uma mobilização massiva para registrar eleitores e para estimulá-los a depositar seus votos, antecipadamente ou no dia da eleição.
Para motivar as pessoas a votar, vale de tudo: e-mails, telefonemas, mensagens de texto e até bater de porta em porta. Essa pressão deve contribuir para um maior comparecimento às urnas em favor da democrata.
Ainda assim, os votos antecipados só serão apurados após o fechamento das urnas, em 8 de novembro, e uma provável vantagem de Hillary na votação antecipada não lhe garante a vitória na corrida pela Casa Branca.