A menos de uma semana de receber a visita do presidente chinês, Xi Jinping, Donald Trump assinou nesta sexta-feira (31) dois decretos destinados a acabar com o que o republicano chama de “abusos” nas relações comerciais com outros países -em especial com Pequim.
É com a China que os Estados Unidos têm o maior deficit. O país é responsável por US$ 347 bilhões dos US$ 500 bilhões do saldo negativo americano na balança com outros países no ano passado -quase 70% do total.
Japão, Alemanha e México vêm na sequência, só que com valores bem menores: US$ 69 bilhões, US$ 65 bilhões e US$ 63 bilhões. Mesmo assim, Trump já afirmou várias vezes que o comércio com o México é “injusto”.
“Vamos investigar todos os abusos no comércio e, com base no que encontrarmos, vamos tomar as ações legais e necessárias para acabar com esses vários abusos”, disse Trump ao assinar as ordens executivas.
Um dos textos orienta o Departamento de Comércio e o Representante de Comércio dos EUA a identificar, em um prazo de 90 dias, “práticas não recíprocas” que contribuem para o deficit americano -em análise país por país, produto por produto.
O Brasil não deverá estar na mira das novas medidas anunciadas nesta sexta-feira por Trump, já que os EUA têm superavit na balança com o país desde 2007.
No ano passado, a relação comercial movimentou um total de US$ 56 bilhões, com US$ 4 bilhões de saldo negativo para o Brasil.
Segundo Trump, as medidas vão fazer com que tenha fim o “roubo da prosperidade americana”.
O encontro do norte-americano com Xi Jinping ocorrerá nos próximos dias 6 e 7 de abril no resort de Mar-a-Lago, na Flórida.
(FOLHA PRESS)
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