A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), em parceria com sindicatos e organizações de defesa da liberdade de expressão de várias partes do mundo, está promovendo o Dia Internacional de Solidariedade aos Jornalistas Palestinos nesta segunda-feira (26). O objetivo é denunciar os 96 assassinatos de profissionais de imprensa palestinos desde 7 de outubro de 2023.

A FIJ descreveu o massacre como “horrendo e sem precedentes”, justificando a mobilização em apoio aos profissionais de imprensapalestinos. A federação ressaltou que as condições dos colegas que trabalham em Gaza se tornaram críticas, especialmente em meio ao inverno, com falta de roupas, cobertores, tendas, comida e água.

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Além disso, o conflito no Oriente Médio resultou na morte de quatro repórteres israelenses no ataque do Hamas em 7 de outubro, bem como três profissionais libaneses. No total, 103 profissionais de imprensa foram assassinados ao longo de quase cinco meses de guerra.

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O Comitê de Proteção de Jornalistas (CPJ) informou que, durante dois anos de guerra na Ucrânia, 15 foram mortos no país europeu. Destacou também que, em 2023, 75% dos assassinatos foram em Gaza.

Sherif Mansour, coordenador do programa do CPJ para o Oriente Médio e o Norte da África, afirmou que a guerra entre Israel e Gaza representa a situação mais perigosa já vista para os profissionais da imprensa. Ele ressaltou que o exército israelense matou mais jornalistas em 10 semanas do que qualquer outra entidade em um ano inteiro, tornando o registro e a compreensão da guerra ainda mais desafiadora.

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O Exército de Israel tem justificado os assassinatos alegando que os profissionais da imprensa estariam envolvidos em atividades terroristas, mas o CPJ ressaltou que nenhuma prova credível foi apresentada para sustentar essas acusações. Segundo o Sindicato dos Jornalistas Palestinos, há 1,5 mil profissionais de mídia deslocados em Gaza e 65 estão presos.

A entidade também responsabiliza Israel por ataques a veículos de imprensa, afirmando que 73 instituições de comunicação social na Faixa de Gaza foram destruídas pelo bombardeio israelense, incluindo rádios locais, agências de notícias locais e internacionais, canais de satélite locais e internacionais, jornais locais, torres de transmissão e instituições de assessoria de imprensa.

No Brasil, sindicatos da categoria estão realizando atos em solidariedade aos profissionais palestinos em Juiz de Fora (MG) e São Paulo (SP). A presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, enfatizou que o alto número de jornalistas mortos em Gaza indica que estão sendo alvos deliberados das forças israelenses.

Com informações da Agência Brasil

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