Com o debate em evidência nos últimos dias, sobre a desobrigação do uso da máscara facial, a maioria dos internautas do Diário de Goiás votou favorável à manutenção do uso deste item como medida de enfrentamento ao coronavírus.
Com uma enquete realizada pelo site, 73% dos participantes entendem que não é hora de arriscar e retornar à normalidade sem a máscara. Já 27% discordam da continuação do uso do item. 2.826 pessoas participaram da enquete.
A superintendente de Vigilância da Secretaria do Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim, acredita que apesar do abrandamento da pandemia no estado, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que o uso de máscara seja flexibilizado e a utilização obrigatória seja retirada.
“Ainda é muito precoce. Usar máscara não é o fim do mundo”, disse em entrevista ao jornal O Popular desta quarta-feira (13).
Flúvia destaca ainda que o uso de máscara ajuda não só no controle da covid-19, mas também de outras doenças virais.
“Desde o início da pandemia tivemos queda nos registros de várias outras doenças. Este ano não tivemos surto de catapora e não identificamos, em 2021, nenhum caso de H1N1. Houve uma queda considerável de doenças respiratórias e atribuímos isso ao uso da máscara”, explicou.
Com pensamento semelhante ao de Flúvia Amorim, o infectologista Marcelo Daher chegou a dizer que seria ‘irresponsável’ falar em desobrigação de uso de máscara agora.
“O que a gente sabe é que, primeiro, nenhuma vacina dá proteção 100%. As vacinas que a gente tem e estamos utilizando contra a Covid-19 foram desenhadas para proteção contra a doença grave e não contra a infecção. Pessoas vacinadas poderiam se expor e adoecer”, destacou.
O superintendente em Vigilância em Saúde de Goiânia, Yves Mauro Ternes, explica que a cobertura vacinal na capital está em 53%, ou seja, para uma segurança e discutir a desobrigação do uso de máscara facial teria que chegar a 70%, pelo menos.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Yves entende que seria mais cauteloso esperar mais um pouco para poder trazer à luz o debate de permitir as pessoas a tirarem a máscara — item que faz parte da vida da população desde o início da pandemia da covid-19, nos primeiros meses de 2020.
“Nós estamos com uma cobertura vacinal de 53% de segunda dose, o número ideal é que seja em torno de 70% a 80% para que tenhamos segurança de uma redução considerável da resposta imune e uma resposta considerável da transmissão do vírus, então neste momento acho que cabe mantermos a cautela e aguarda ainda esse aumento da cobertura vacinal para daqui a um mês nós voltamos discutir esse assunto e aí sim eu acredito para ambiente abertos há sim a possibilidade de desobrigar o uso de máscara, mas neste momento com a cobertura de 50% eu acho ainda um pouco arriscado”, disse.