Estimular e incentivar a autonomia e protagonismo das crianças é fundamental para o desenvolvimento físico e cognitivo delas. Com mais confiança, os pequenos podem se sentir livres para criar, explorar e desbravar o ambiente em que vivem. No entanto, isso não significa que os adultos devam reduzir seu papel na educação.
“As grandes tendências na educação nos trazem as crianças, desde muito pequenas, como seres potentes e protagonistas de suas aprendizagens, o que é um avanço muito importante e respeitoso. Mas os limites, determinados pelos pais e pela sociedade em que vivemos, são regras essenciais de convívio e que devem ser seguidos e aprendidos desde cedo”, explica a coordenadora de Educação Infantil do Colégio Marista Santa Maria, Ana Paula Detzel.
A profissional esclarece que padrões antigos, severos e punitivos não trazem benefícios, mas sim a determinação de limites para a segurança da criança e a socialização com a comunidade. A seguir, confira 7 dicas para aplicar a educação positiva em casa!
Reconhecer que as crianças têm capacidade para assumir papéis e tomar pequenas decisões no dia a dia valoriza a autonomia e incentiva o desenvolvimento da autoconfiança delas.
Estabeleça regras claras que auxiliem a criança a entender o que é aceitável e o que não é. Esses limites não devem ser rígidos ou punitivos, mas devem ser consistentes para que a criança se sinta segura.
Em vez de controlar cada ação da criança com o clássico “não”, ofereça orientação para que ela aprenda a fazer escolhas dentro de limites saudáveis. Isso ajuda no desenvolvimento da habilidades de tomada de decisão.
Ofereça liberdade com responsabilidade, quando possível. Explique à criança que ela tem espaço para explorar, mas que ainda existem regras a serem seguidas, como tempo, espaço, ou limites em relação a outras crianças.
Ajude a criança a entender que regras e limites não são restrições, mas formas de facilitar a convivência com os outros. Reforce o valor do respeito mútuo nas relações sociais. Por exemplo, ensine-a a se colocar no lugar dos amiguinhos.
Demonstrar respeito e empatia nas interações reforça que a criança também aprenda a respeitar o próximo. Modelar esses comportamentos ensina, na prática, como viver de forma harmoniosa em sociedade.
Ter comunicação aberta e consistente com a escola ajuda a entender quais são os comportamentos da criança em comunidade e como os limites podem ser aplicados de forma consistente em todos os contextos.
Por Luiza Lafuente