No Dia da Criatividade, celebrado em 17 de novembro, os freelancers encontram uma chance de refletir sobre o papel da inovação em seu trabalho. A capacidade de reinventar e adaptar soluções é fundamental para enfrentar os desafios únicos de cada projeto. Nesse cenário, a fim de que a criatividade floresça, é necessário investir em práticas intencionais que ampliem a visão e permitam novas perspectivas.
“No equilíbrio de demandas profissionais e pessoais, os freelas que trabalham de forma remota podem ter dificuldades em deixar a imaginação fluir. Existem várias dicas e exercícios que ajudam a treinar o cérebro e a ter uma perspectiva diferente para o projeto e trabalho em questão. Essa estratégia pode fazer toda a diferença ao entregar o job”, comenta Samyra Ramos, gerente de marketing na Higlobe, fintech de recebimentos para profissionais brasileiros que trabalham remotamente para os EUA.
A especialista lista 6 dicas, entre referências e exercícios, para expandir o potencial criativo nos freelas. Confira!
O processo percorrido por um dos “gênios” da criatividade consistia em exercitar três personalidades distintas. O sonhador, em que se dá asas à imaginação e permite ideias ousadas, sem espaço para autocríticas; o realista, que avalia a viabilidade das ideias e o que será preciso fazer para alcançar o resultado; e por fim, o crítico, que analisa detalhadamente os pontos das etapas anteriores e identifica o que pode dar errado e desconstruí-lo até conseguir a concretização da ideia.
“Começar do começo” pode ser redundante, mas as pessoas frequentemente esquecem que a sua primeira versão criativa foi na infância. Ao resgatar sua criança interior na hora do processo criativo, é possível se desprender de críticas e seguir o modus operandi infantil. Isto é, tomar atitudes e pensar em ideias sem estereótipos enraizados, fazendo conexões atípicas e fora do comum, deixando-se guiar pela imaginação.
Desafie-se a pensar como seria se o seu projeto atual fosse ao contrário. Esse é um método que abre espaço para repensar ideias preestabelecidas e sair da zona de conforto, deixando-se surpreender pelo diferente. Um dos exemplos do mundo real foi o Post-It, objeto inventado por engenheiros da empresa de adesivos e colas 3M, que ousaram pensar “e se, ao invés de colar, criássemos algo que não cola e é possível remover do lugar facilmente?”.
Para os profissionais do design e da arte, pode ser interessante explorar a criatividade com o exercício de arte inacabada. É melhor quando feita em grupo, mas caso esteja realmente trabalhando como autônomo, pode pedir ajuda para outra pessoa.
O exercício consiste em pegar um desenho aleatório feito por alguém — pode ser uma letra ou uma linha reta, por exemplo — e, rapidamente, continuar a desenhar com base nesse rabisco inicial para ver o resultado. A prática auxilia na criação de novas imagens com base no que já existe.
Para os freelancers da escrita, ter ideias criativas pode ser um desafio, mas seguir comandos pode ser o começo para estimular o “eu criativo”. Um exemplo é ter em mãos livros como “642 Things to Write About” (2012), que engajam o escritor a anotar as mais variadas ideias. Outras opções são procurar por cursos e blogs na internet que trazem esses “prompts” com sugestões do que escrever, ou simplesmente reservar 10 minutos para detalhar uma curiosidade do dia a dia.
Ao estabelecer um projeto longo, é natural que haja procrastinação ou que fiquemos na zona de conforto, esperando as ideias virem até a cabeça. Porém, uma estratégia interessante é criar limitações “ousadas” para o projeto.
Por exemplo, um trabalho de escrita que poderia ter mil palavras, desafiar-se a escrever com 500, ou impor o prazo de um trabalho que seria feito em três semanas para três dias. Esses tipos de delimitações ajudam a florear a criatividade e trazer diferentes tipos de impulsos, mas é importante sempre dosar esse controle de forma saudável.
Por Giovana Macedo