Com a proximidade dos vestibulares, o bem-estar emocional dos estudantes se torna uma preocupação. A busca pela vaga na universidade, a rotina intensa de estudos e as expectativas elevadas podem desencadear problemas como ansiedade, estresse e até mesmo depressão.
Segundo Priscila Batista, psicóloga do Estratégia Vestibulares, durante a jornada de preparação, é fundamental ficar atento aos sinais de alerta, como alterações no sono, apetite e humor, e buscar ajuda profissional quando necessário. “Cuidar do equilíbrio emocional é essencial para garantir um bom desempenho nos estudos e, principalmente, para o bem-estar geral dos jovens”, reforça.
Para a especialista, embora o vestibular seja uma fase marcante, é importante lembrar que as escolhas feitas agora não são definitivas. “Como seres em constante transformação, é possível mudar de ideia, evoluir e aprender. Por isso, é necessário saber lidar com as pressões familiares, dos amigos e, acima de tudo, com a própria cobrança. Além disso, contar com uma rede de apoio – família, escola e profissionais da área – durante essa jornada é fundamental”, explica.
Para ajudar os estudantes a enfrentarem essa etapa desafiadora com mais tranquilidade e foco, a psicóloga lista 6 dicas valiosas para cuidar da saúde mental. Veja abaixo!
A preparação para o vestibular é um período desafiador, e o estresse é uma resposta natural a essa pressão. No entanto, é importante identificar quando ele se torna excessivo e prejudicial. “Se o candidato perceber que está afetando seus estudos, concentração ou bem-estar geral, não deve hesitar em procurar ajuda profissional. Psicólogos e terapeutas podem oferecer estratégias eficazes para lidar com a inquietação e alcançar os objetivos acadêmicos com mais tranquilidade”, alerta Priscila Batista.
O nervosismo é um sentimento comum, mas pode ser administrado. A psicóloga enfatiza a importância de identificar as causas, que podem ser tanto internas, como a autocobrança, quanto externas, como a comparação com outros estudantes.
“É importante evitar comparações, especialmente nas redes sociais, e concentrar-se no próprio progresso. Reconhecer as capacidades e limitar a exposição a conteúdos que possam gerar desmotivação são passos importantes para lidar com o nervosismo de forma saudável”, aconselha.
A vida do estudante é repleta de desafios, e aprender a lidar com as emoções que surgem nesses momentos é essencial. “Compartilhar os sentimentos é importante para manter o equilíbrio emocional durante períodos difíceis. Seja conversando com amigos, familiares ou um profissional, ou até escrevendo em um diário, externalizar as emoções faz bem. Reconhecer e nomear os sentimentos, como medo ou frustração, ajuda a entender suas origens e lidar com eles de forma mais clara”, ressalta.
A psicóloga enfatiza a importância de estar com a mente no hoje e não concentrar os pensamentos no futuro ou no que pode acontecer depois da prova. “O estudante deve se concentrar no dia a dia. Manter o foco no que é possível fazer, no que está ao seu alcance, para não ficar ansioso com questões que não pode controlar. A inquietação nos leva a pensar no que não temos controle. Viver o presente é a chave para gerenciar as emoções e obter um melhor desempenho”, explica.
Traçar metas é essencial para se manter motivado e organizado durante a preparação para o vestibular, mas é crucial que elas sejam realistas e adequadas ao ritmo de cada um. “Conhecer o estilo de estudo, as capacidades e limites é essencial para criar um plano que funcione para cada candidato. O estudo mais eficaz é aquele que ele consegue seguir, não o idealizado”, explica Priscila Batista.
A preparação para o vestibular envolve mais do que apenas esforço nos estudos. Contar com o apoio da família e dos amigos, aliado a práticas de autocuidado, auxilia no equilíbrio emocional. Segundo a psicóloga, é importante encontrar tempo para fazer o que se gosta.
“Realizar atividades prazerosas, como meditação, hobbies e exercícios físicos, além de manter uma rotina saudável com alimentação balanceada e sono regular, contribuem para um melhor desempenho durante essa fase desafiadora. O suporte externo é importante, mas o mais fundamental é o quanto o aluno consegue se cuidar, priorizar-se e perceber suas necessidades sem se negligenciar”, conclui.
Por Juliana Oliveira