O papanicolau é um exame simples e comum na vida das mulheres. Importante para detectar alterações nas células do colo do útero, o teste indolor é capaz de salvar vidas. Mas, apesar disso, muitas mulheres ainda deixam de fazer a análise devido à desinformação ou dúvidas sobre o assunto.
Considerando isso, a ginecologista e obstetra Dra. Camila Gonçalves Mendes esclarece as principais dúvidas sobre o exame e alerta sobre a sua importância para o combate ao câncer de colo de útero. Confira!
Verdade. Segundo a ginecologista, mulheres virgens não precisam realizar o exame, pois o objetivo dele é diagnosticar precocemente lesões causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV), doença sexualmente transmissível, o que nesses casos não seria necessário, já que não há a prática de relação sexual.
Mito. Conforme explica a Dra. Camila Gonçalves Mendes, as mulheres grávidas podem realizar o exame, desde que sejam autorizadas por seus obstetras.
Verdade. Conforme a especialista, o exame pode ser coletado em qualquer fase do ciclo menstrual, exceto durante a menstruação. “Nada impede que a paciente seja examinada menstruada, mas a coleta precisa ser realizada em outro dia já que a presença de sangue pode atrapalhar a análise do exame”, explica a ginecologista.
Mito. Há quem ache que mulheres que só se relacionam sexualmente com outras mulheres não precisam fazer o exame, mas este não é o caso. “O vírus HPV, principal causador do câncer de colo uterino, ocorre tanto nas relações sexuais entre homens e mulheres quanto em relações de sexo entre duas vaginas. Por isso a importância da realização do exame em mulheres que se relacionam com mulheres. E vale ressaltar que homens transexuais também devem fazer a coleta”, detalha a médica.
Verdade. Outro erro comum, segundo a ginecologista, é imaginar que a falta de sintomas físicos aparentes justifica a não realização do papanicolau. Esta é uma conduta bastante perigosa, pois o câncer de colo de útero é silencioso e só causa sintomas quando está muito avançado.
Por José Luiz Sykacz